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Copom acelera o ritmo e reduz a Selic para 9,75% ao ano

Com o corte de 0,75 ponto percentual a taxa básica de juros retorna ao patamar de um dígito, o que não ocorria desde 2009

Em reunião encerrada há pouco, o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu baixar a taxa básica de juros da economia de 10,50% ao ano para 9,75% ao ano, um corte de 0,75 ponto percentual. Parcela majoritária de analistas e agentes do mercado financeiro acreditava em um corte de 0,50 ponto percentual, a exemplo do que o Copom vinha fazendo seguidamente desde agosto do ano passado.

A nota divulgada pelo BC é sucinta mas revela que a decisão não foi unânime:

“Dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu reduzir a taxa Selic para 9,75% a.a., sem viés, por cinco votos a favor e dois votos pela redução da taxa Selic em 0,5 p.p.”

Repercussão

Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas – A CNDL avaliou como “muito positiva” mais uma redução da taxa básica de juros, e diz estimar que este seja “apenas o primeiro passo no sentido de consolidar uma política fiscal que impulsione a retomada de um crescimento econômico mais vigoroso e de longo prazo”.

“Em uma economia globalizada, os efeitos externos provocam ondas fortes muitas vezes indesejadas, conforme constatou o próprio IBGE ao divulgar um crescimento de apenas 2,7% do nosso PIB em 2011. É preciso pulso forte para evitar um número igualmente pífio em 2012”, diz o presidente da entidade, Roque Pellizzaro Junior.

Para Pellizzaro, “é sensato que o Brasil procure aumentar a competitividade de sua economia, com reforço na construção de infraestrutura básica, o que irá por si só aumentar a atratividade do capital externo para o investimento produtivo, que gera empregos e reduz o descompasso entre oferta e demanda, dando fôlego também para o combate à inflação”.

Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo – “O IBEF SP entende que a decisão foi tomada por causa da redução da atividade econômica no Brasil e da política monetária na Europa com o aumento brutal da liquidez. Por isso avaliamos que o Copom achou prudente reduzir com maior intensidade a taxa de juros”, afirma o presidente do instituto, Keyler Carvalho Rocha.

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