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IBEF-SP na Imprensa: A estrutura do Estado

Reformar a máquina governamental, melhorar a infraestrutura logística do agronegócio e atualização da indústria são exemplos de como melhorar esse Estado

POR CARLOS ALBERTO BIFULCO (Exame)

A   polarização de ideias de políticos da esquerda e da direita acende a discussão sobre o melhor formato da estrutura do Estado no Brasil, para o atingimento de níveis maiores de progresso social.

O regime atual de república, iniciado em 1889, vai completar 130 anos. Passamos por diferentes estilos de governo nesse período, mais democráticos e mais ditatoriais. O maior surto de   progresso do Brasil se deu de 1930 a 1980, com substanciais médias anuais de crescimento do PIB.  O que teria impulsionado esse crescimento? Os estudiosos indicam que a focalização do Brasil no Agronegócio, na década de 1930, e a Modernização da Indústria, na década de 1970, que trouxeram o crescimento econômico.

Considerando o programa de governo do novo presidente, trazemos para discussão qual deveria ser o foco das políticas governamentais. A questão fundamental que precisamos enfrentar  é se a estrutura atual do estado brasileiro nos trará a possibilidade de competir nesse mundo, onde haverá constantes novas restrições para barrar os nosso produtos e serviços.  O progresso das técnicas é muito rápido e os métodos de ontem, hoje podem estar obsoletos.

A cultura vigente de favorecimento de algumas empresas e pessoas privilegiadas se contrapõe claramente a políticas ideais de estimulo a competitividade. Como esse fato é encarado pelas elites políticas e intelectuais? O lobby no legislativo é intenso e a influência dos poderosos na elaboração de leis é evidente. E os intelectuais não trazem soluções politicamente viáveis para solucionar esses problemas.

O crescimento do poder aquisitivo e o acesso aos   benefícios do progresso pelos menos favorecidos são enfrentados com a   criação de   inúmeros programas de assistência. Nada contra. Porém, os programas de fomento da produtividade, para tornar os produtos e serviços menos custosos são um excelente promotor de   progresso. Mais qualidade e custos menores resultam em maior competitividade e consequentemente um aumento no bem-estar de nosso povo.

Para abrir o debate, temos algumas sugestões. Reformar a máquina governamental, que apresenta órgãos sem produtividade, pode ser uma importante prioridade. O setor do agronegócio já desponta como o mais preocupado com o atingimento de níveis elevados de produtividade, resta melhorar a infraestrutura logística para que ele progrida ainda mais. A nossa indústria a necessita de uma atualização de seus métodos de produção, que somente irá ocorrer se abrirmos a real possibilidade de competição   de investidores estrangeiros em nosso pais.

Para levar esse debate até as suas consequências finais faz-se necessário competência e vontade política.  Aguardamos ansiosos esse momento.

 

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