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Operações finalistas são apresentadas à Comissão Julgadora do Prêmio Golden Tombstone

No próximo dia 23, será conhecida a “Melhor Operação Financeira do Ano”, merecedora do segundo Prêmio Golden Tombstone. As nove operações finalistas – três por categoria da premiação (Equity, M&A e Debt) – foram apresentadas na última sexta-feira (04), em evento na Saint Paul Escola de Negócios, unidade Pamplona.

Em uma ação inédita, em parceria com a Saint Paul, as apresentações também foram transmitidas ao vivo pelo site do IBEF SP.

“São várias etapas até chegarmos nesse momento de definição dos nove finalistas”, destacou Marco Castro, presidente do IBEF SP, na abertura do evento, quando foram feitas as apresentações.
O idealizador do Prêmio Golden Tombstone, Carlos Alberto Bifulco, introduziu as exposições dos finalistas. “Foram inscritas 35 operações que totalizam negócios de R$ 143 bilhões e envolveram mais de 100 entidades. Boa sorte às finalistas!”.

As apresentações visam dar mais transparência às operações finalistas nas três categorias. A partir desta etapa, a Comissão Julgadora decidirá a operação vencedora. Dentre todos os critérios avaliados nas operações, terão maior peso: Inovação, Criação de Valor e Complexidade da transação em relação à sua estrutura. A cerimônia de entrega do Prêmio acontecerá no dia 23 de maio.
Finalistas do prêmio:

Categoria Equity – Operações de ações
A oferta pública inicial de ações ordinárias da BR Distribuidora, subsidiária de postos de combustível da Petrobras, arrecadou cerca de R$ 5 bilhões em sua oferta inicial de ações, em dezembro de 2017. O IPO fez parte do processo de desinvestimento de US$ 21 bilhões da controladora para reduzir seu endividamento. Segundo João Lobo, Director Investment Banking do Citigroup, antes da operação, a BR já tinha intensificado as práticas de governança, com a adoção de um novo estatuto e um novo critério, muito mais profissionalizado, de nomeação da diretoria.

Já a motivação da oferta pública da operação brasileira, Atacadão S.A., do Grupo Carrefour, foi a precificação do seu ativo na bolsa brasileira. Com unidades em todos os estados, o Brasil representa a maior operação do Grupo – 40% do resultado de 2017. O valor de mercado da operação citada está entre as 20 maiores empresas da B3. Segundo Sébastien Durchon, CFO do Carrefour Brasil, o IPO serviu para reforçar a identidade local da empresa e o compromisso de longo prazo com o País.

O componente estratégico da transação da Azul foi a abertura de capital nas bolsas de valores de São Paulo e Nova Iorque. De acordo com Eduardo Miras, Managing Director Head of Investment Banking Brazil do Citigroup, os recursos primários levantados foram destinados à redução do endividamento e otimização da estrutura de capital, melhor posicionando a companhia para crescimento futuro e entrega de sua estratégia de expansão internacional. “Umas das características que diferencia a companhia é que ela opera em rotas menos competitivas a partir do aeroporto de Viracopos, em Campinas, que era muito pouco explorado”.

Categoria M&A – Operações de fusões e aquisições
A fusão da locadora de veículos Unidas e da empresa de terceirização de frotas Locamerica envolveu a união de dois times complementares e especializados. Juntas, as duas empresas resultam na segunda maior companhia de locação do Brasil, consolidando a liderança no segmento de terceirização de frota. A fusão entre as duas cria uma companhia de R$ 2,8 bilhões (valor de mercado após o anúncio). Segundo Joaquim Spinola, da área de fusões do Itaú BBA, os analistas estimam que o lucro líquido vai aumentar R$ 100 milhões com a sinergia.

Resultado do plano de desinvestimento da Petrobras, uma das operações finalistas envolve o controle (90%) e a troca de dívidas por meio de subscrição de debêntures conversíveis em ações emitidas pela NTS (Nova Transportadora do Sudeste). Esta era subsidiária integral da área de gasoduto da Petrobras e responde por 2000 km de gasodutos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A operação envolveu investidores de diferentes países (Canadá, China, Singapura e Brasil). Segundo Marcello Portes Lobo, do escritório Pinheiro Neto Advogados, o grande desafio foi a questão ambiental. A ANP (Agência Nacional do Petróleo), inclusive, sugeriu um termo de compromisso, já que a atividade envolve licenças em diferentes órgãos.

A Advent International (fundo de private equity global) e outros acionistas efetuaram a venda do TCP (Terminal de Containêres de Paranaguá S.A.), localizado em Paranaguá (PR). Segundo Thomas Krautz, diretor-executivo do departamento de investimentos do Morgan Stanley, a transação envolveu US$ 3,9 bilhões e a compradora foi a China Merchants, uma das líderes na operação de portos na China e com relevante presença internacional. Foi uma das maiores transações no setor de transportes nos últimos anos, com a complexidade de uma transação cross-boarder, envolvendo um processo de leilão específico desenhado especialmente para efetivar a transação. Parte dos acionistas permanece na empresa, com participação de 10%.

Categoria Debt – Operações de emissão de títulos de dívida
Em janeiro de 2017, a Fibria fez emissão de títulos verdes (green bonds), no valor total de US$ 700 milhões (com vencimento em 10 anos), como parte de seu compromisso de estratégias e metas de sustentabilidade de longo prazo. De acordo Ellen Suzuki, consultora de Tesouraria na Fibria, foram definidos cinco projetos: floresta plantada, floresta nativa, redução de resíduos, de consumo de água e de energia. Foram dois times de negociação, com roadshow em Boston, Nova Iorque, Los Angeles e Londres. “A qualidade dos nossos projetos foi o diferencial”.

A Petrobras emitiu novos bonds no valor de US$ 9,6 bilhões. Segundo Guilherme Saraiva, gerente de Mercado de Capitais e Carteira da Dívida da Petrobras, foi o primeiro Exchange Offer “acelerado” (concluído em 5 dias) feito por um emissor latino-americano e o segundo feito globalmente. Além disso, houve a emissão de US$2 bilhões em novos bonds simultaneamente com um exchange offer de US$7.6 bilhões, com o objetivo de refinanciar bonds na parte curta da curva e estender o prazo médio da dívida da companhia. A companhia também adicionou um Cash Tender Offer para investidores que não são institucionais qualificados. “A realização de três operações ao mesmo tempo foi o nosso diferencial, além do prazo de apenas cinco dias”, destaca Saraiva.

A operação da Suzano Papel e Celulose, que envolve a emissão de bonds de 30 anos no mercado internacional, foi outra operação finalista. Essa foi a primeira emissão de uma dívida de 30 anos em dólar por uma empresa Full Non Investiment Grade realizada na América Latina. Segundo Giam Carllo Gaetta de Freitas, Treasury Specialist da empresa, a operação também significa a reabertura do mercado de emissões de 30 anos para empresas brasileiras, fechado desde abril de 2014. “A operação, no valor de US$ 300 milhões, foi pequena, mas trouxe resultados”.

Confira as 9 apresentações

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