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O Papel do Executivo de Finanças

É fato que vivemos atualmente em um mundo de rápidas transformações. A fórmula de sucesso de ontem não necessariamente é a mesma de hoje e é bem provável que não será aquela que trará resultados amanha. Essa realidade se aplica a todos os níveis das organizações, mas sobre tudo ao principal executivo de finanças, o chief financial officer (CFO).

Saiu de cena aquele perfil que prevaleceu até o final dos anos 90, cuja descrição típica era quase imediatamente associada à controladoria. As novas competências não deixam mais duvida de que o perfil vigente é o daquele profissional que atua como parceiro estratégico dos negócios e do próprio chief executive officer (CEO).

Antes de discorrer sobre os desafios e novas responsabilidades do CFO, é necessário primeiro definir qual é o seu papel nas organizações. A definição mais simples é aquela que compara a uma competição de rali, em que um automóvel (empresa) é conduzido por um piloto (CEO) e por um copiloto (CFO). É o copiloto que define a velocidade do automóvel e aponta ao piloto o momento de acelerar, ou de reduzir o ritmo. É ele que avisa, por exemplo, se há uma “curva fechada à direita”, e dá todas as informações para que um piloto habilidoso vença a prova.

Pois bem, isto que é esperado do CFO: ser o copiloto do CEO e, a seu lado, ser capaz de conduzir a empresa para a vitória. Neste caso traduzida em lucratividade, geração de caixa, aumento do valor das ações, dentre outros.

Como copiloto, o CFO precisa desempenhar um papel estratégico na organização, e, portanto, aquele perfil do financeiro voltado exclusivamente para a área de finanças deixa de existir. Para exercer esse novo é necessário ir além do perímetro de atuação no passado, é necessário conhecer o negócio, processos e outras funções da empresa, pois só assim ele terá um papel de protagonista no processo de decisão da companhia. Com isso, cada vez mais profissionais que vivenciaram outras posições fora da área financeiras chegaram a posição de principal executivo de finanças, pois possuem uma bagagem quem vêm ao encontro desse novo papel.

É necessário que o copiloto tenha uma visão ampla quando estiver no cockpit. Ele dispõe de todos os indicadores e precisa saber entender as interações para poder tomar decisões corretas e, para isso precisa ter visão global.

Em um ambiente tão desafiador, complexo e com muitas variáveis que vivemos, temos q antecipar fotos, pois em caso de mudanças de rotas, isso tem que ser feito rapidamente e de forma precisa. O processo de tomada de decisões deve levar em consideração o todo, ou seja, é fundamental visualizar todas as implicações que podem ser geradas, com uma análise de risco apurada.

Desenvolvendo a competência de visão global, é possível apresentar ideias que contribuirão para o sucesso de negócio. E quanto mais chance de ter experimentado culturas diferentes, ter trabalhado em áreas e funções distintas, mais facilmente será a aplicação dessa competência.

O percurso não termina por aí. Para ser efetivo nos caminhos acidentados e muitas vezes inesperados que a empresa tem que seguir, o CFO deve ser incansável na busca por excelência operacional, condição fundamental para alcançar os melhores resultados, com mais eficácia.

Desenvolver uma organização voltada para processos é primordial para a melhoria do desempenho da empresa, pois somente dessa forma é possível ter a visão de toda a cadeia e não de pedaços de atividades. Esse é o meio que permite fazer reestruturações com resultados incontestáveis, e reduzir custos de maneira inteligente, pois isso sempre será exigido do CFO e é ele que deve liderar essas iniciativas de melhoria de resultado. Por meio da excelência operacional, o CFO possuirá todas as ferramentas e indicadores de desempenho para manter a empresa com exatidão no caminho a ser seguido.

Nosso copilo também não pode esquecer que ninguém faz algo sozinho. Com isso, liderança e desenvolvimento de equipes são responsabilidade essenciais para o sucesso. E tudo isso por uma simples razão: o time vem primeiro; a estratégia, em segundo. As pessoas não seguem estratégias, elas seguem comportamentos. Os CFOs foram eximidos dessa responsabilidade no passado, por isso nem sempre se encontram executivos financeiros com essa competência desenvolvida. Isso é uma questão de sobrevivência, pois é impossível enfrentar todos os desafios sem uma equipe competente e engajada. E não basta ser líder é necessário desenvolver um processo de liderança efetiva que consiste em ter uma boa preparação; conseguir engajamento de equipe, mobilidade e alinhado para buscar os objetivos e finalmente cuidar muito bem da execução.

É necessário ser incansável no desenvolvimento da equipe, fazendo disso uma tarefa diária, integrada em todos os aspectos do cotidiano. É preciso avaliar, treinar e construir a alto confiança dos colaboradores. Um processo de liderança e desenvolvimento de pessoas bem estruturado será eficaz para reter as pessoas que possuem uma contribuição decisiva e que fazem em uma organização.

Finalmente, a necessidade de maior transparência e governança colocar em destaque o outro valor muito importante: a integridade. O CFO deve ser um exemplo, mesmo sabendo que este não é um valor exclusivo ao principal executivo de finanças da empresa, o de ter o papel de guardião dos ativos da companhia. É impossível assumir essa responsabilidade sem ter incorporado esse valor e ser reconhecido como exemplo pelos liderados, pares, superiores e comunidade externa, pois o CFO está na linha de frente interagindo com a comunidade de investidores, transmitindo informações que encorajem terceiros a investirem na empresa. Definitivamente, o CFO precisa ter o atributo da credibilidade.

Além das responsabilidades e características apontadas anteriormente, este copiloto precisa ter resiliência e forte capacidade de recuperação para manter a constância de propósito de buscar sempre o melhor para a organização. Uma profissão de quem tem paixão por realização e muitos desafios.

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