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Por Sergio Volk, economista e membro do Conselho Fiscal do IBEF SP
Constatamos que das três teorias que buscam explicar a Estrutura Temporal das Taxas de Juros a que mais se aproxima da realidade brasileira é a teoria da segmentação de mercado. Isso significa que tomadores e doadores de fundos se concentram em determinados segmentos da curva de rendimento e que as taxas em diferentes maturidades são determinadas pelas condições de oferta e demanda dos vários segmentos de mercado. A falta de poupanças de maior maturidade no Brasil em volume suficiente para atender às necessidades de investimentos da economia leva ao financiamento com recursos oficiais cujo grande financiador é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Existe uma característica do mercado financeiro brasileiro que leva as taxas de juros de longo – prazo a serem mais baixas que as de curto prazo. Esta inversão na curva de juros se deve principalmente à política de subsídio feita pelo Governo brasileiro, via Conselho Monetário Nacional, no sentido de reduzir a taxa de juros de longo prazo, usada pelo BNDES em seus empréstimos e financiamentos de longo prazo.