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Sócio da Gaia explica vantagens do financiamento via securitização

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Securitização de créditos financeiros é novidade no mercado

Transformar um fluxo de recebíveis em um título que pode ser negociado entre pessoas é o propósito da securitização. Esta alternativa de financiamento de médio e longo prazo foi tema do café da manhã realizado na quarta-feira (03/09), na sede do Instituto, pela Comissão de Mercado de Capitais.

A apresentação foi conduzida por João Paulo Pacífico, sócio-fundador do Grupo Gaia, e Renato de Souza Frascino, executivo da Gaia Agro Securitizadora.

No mercado de securitização brasileiro, os principais instrumentos são o CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários), que possui um estoque de R$ 48 bilhões no país, e o CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio), com estoque de R$ 1,2 bilhão e potencial de crescimento explosivo, dada a relevância da atividade agrícola no país. Em apenas um semestre, a Gaia já emitiu R$ 1 bilhão de CRA.

A novidade é a securitização de créditos financeiros, introduzida pela Gaia neste ano. Já foram feitos R$ 300 milhões em emissões.

Vantagens

Em linhas gerais, a securitização consiste na cessão dos créditos a uma companhia constituída especificamente para este fim (emissor), que irá fazer a emissão de títulos no mercado de capitais. Os títulos são lastreados na carteira de recebíveis. O fluxo de caixa futuro gerado por estes ativos são a principal fonte de remuneração para os investidores.

Para as empresas, consiste em uma oportunidade para financiar projetos ou equacionar várias dívidas de curto prazo em uma única de longo prazo, explicou Pacífico. Dependendo da operação, o prazo pode atingir até dez anos.

Comparada a outras fontes de financiamento, a securitização oferece as seguintes oportunidades: acesso da empresa ao mercado de capitais (exposição para investidores), desintermediação bancária (redução de custos), facilidade na captação de recursos de longo prazo e isenção de IOF.

Além disso, os recursos captados não necessariamente têm destinação definida.

Novidade

A securitização de créditos financeiros, introduzida neste ano, é uma alternativa aos FIDCs. Neste caso, a securitizadora substitui o banco custodiante e faz a emissão de uma debênture com todos os recebíveis atrelados.

 

 

“É uma estrutura mais ágil, com maior eficiência de custos e mesmo nível de garantia. Você pode ter tudo o que tem no FIDC, mas com estruturas mais leves”

 

 

 

O foco é a compra de créditos de instituições financeiras. Qualquer tipo de contrato. Pacífico afirmou que bancos de investimentos estão considerando essa alternativa para operações que não se enquadrariam no FDIC. “É algo que no médio prazo deverá se tornar grande”, ressaltou.

 

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