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Conheça a office manager do IBEF SP

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Apresentamos o perfil de Lúcia Handel e suas ideias neste bate-papo para o site do IBEF SP.

Gaúcha de voz firme, olhar generoso e postura assertiva, Lúcia Handel é apaixonada pelo Terceiro Setor. A advogada ajudou a erguer, estruturar internamente e captar recursos para várias organizações sociais ao longo de sua carreira. Entre elas, a ONG Saúde Criança, em Porto Alegre, que provê assistência para famílias de baixa renda com crianças que possuem enfermidades graves ou crônicas.

No IBEF SP desde março, Lúcia tem como desafio criar processos e controles internos, visando a evolução administrativa do Instituto.

Perfil – Lúcia Handel

Idade: 43 anos

Cidade natal: Porto Alegre (RS)

Formação: Direito (PUC-RS)

Área de especialização: Gestão para o Terceiro Setor, pós-graduada pela Fundação Irmão José Otão (Fijo/PUC-RS)

Última empresa: Trabalhou com instituições sociais, prestando assessoria jurídica e de gestão. Foi gerente administrativa da holding familiar do Grupo Camargo Corrêa

Trabalhos sociais: Diretora do Instituto Uno (SP); Membro do Conselho da ONG Saúde Criança São Paulo; Membro do Conselho da ONG Saúde Criança Porto Alegre (RS)

 

ENTREVISTA

IBEF SP: Como você começou a trabalhar com organizações do Terceiro Setor?

LÚCIA HANDEL: Começou com uma insatisfação com o Direito. Eu trabalhava como advogada com direito tributário e societário, e decidi buscar outra área. Eu brinco que como o nome técnico do Direito é Ciências Jurídicas e Sociais, eu trabalhei seis anos no Jurídico e depois fui para o Social [risos]. Brincadeiras à parte, o Direito me deu uma base maravilhosa para trabalhar com instituições sociais. Comecei no Terceiro Setor em 2002, trabalhando com captação de recursos pessoa jurídica para a ONG Saúde Criança, no Rio de Janeiro.

IBEF SP: E como você transitou da captação para atuar na gestão das instituições?

LH: Em todas as ONGs em que trabalhei, eu começava contratada para fazer a captação de recursos e acabava na parte administrativa e de gestão. Todas. Porque para fazer a captação, eu precisava de muita informação sobre a entidade e elas não tinham isso de forma estruturada, o que é uma falha de gestão comum nas instituições. Então, eu começava a organizar isso e dali a pouco já estava envolvida em toda a parte de gestão e administração.

IBEF SP: Atualmente, você está engajada em quais instituições sociais?

LH: Sou diretora do Instituto Uno, ONG que oferece apoio educacional para crianças abrigadas até 18 anos de idade. Fundei e sou membro do Conselho da Saúde Criança em Porto Alegre, que hoje provê assistência para 35 famílias carentes com crianças que possuem doenças graves ou crônicas. Também sou membro do Conselho da Saúde Criança em São Paulo. A área social é o meu vício, a minha paixão!

IBEF SP: Por que você decidiu trabalhar com empresas e instituições empresariais?

LH: Em 2008, recebi um convite para trabalhar como gerente administrativa na holding familiar do Grupo Camargo Corrêa. Aceitei o desafio, pois seria uma boa experiência, já que eu havia captado recursos junto a empresas para as ONGs, mas não havia sentado na outra cadeira até então. Eu sabia como funcionava a cabeça do executivo, mas uma coisa é entender, outra é vivenciar. Então, foi algo muito legal porque vi exatamente como o outro lado funciona. Depois disso, voltei a trabalhar com instituições sociais, mas com foco nas instituições empresariais.

IBEF SP: Como o seu caminho e o do IBEF SP se cruzaram?

LH: Eu buscava uma recolocação em uma instituição empresarial. Durante essa procura, meu CV passou pela Michael Page, empresa de recrutamento de executivos, e eu conheci o Marcelo de Lucca, managing director da companhia e vice-presidente do IBEF SP. Ele me informou que a posição de office manager para o Instituto estava aberta. Participei da seleção e fui escolhida.

IBEF SP: Qual é a sua missão como office manager do Instituto?

LH: Ajudar a estruturar e renovar a gestão, tanto no tocante a processos como na gestão de pessoas. É um trabalho voltado para a parte interna. Nas ONGs, na parte de captação de recursos, trabalhamos muito com projetos, o que resulta em entender todas as áreas da instituição. Isso acabou me ajudando muito a ter uma visão global das organizações

IBEF SP: Como você define o seu estilo de trabalho?

LH: É espírito de equipe. Eu procuro mostrar para todo mundo que se uma pessoa não estiver engajada, a coisa não anda, o carro não vai para frente. Sou descendente de alemães, tenho um lado bem pragmático, gosto muito de processos. Adoro uma planilha! [risos] Mas também tenho o lado de Humanas, quando algo não vai bem, procuro sentar e ver o que está acontecendo, conversar com as pessoas, entender o lado de cada um. Sem o comprometimento da equipe a empresa não se desenvolve.

IBEF SP: O que a sua experiência trará de novo para o Instituto?

LH: A mescla do conhecimento jurídico com a gestão de instituições sem fins lucrativos e iniciativa privada. Eu trabalhei tanto na captação de recursos como na parte administrativa de empresas, então é uma combinação muito legal. O IBEF também: é uma instituição sem fins lucrativos, mas que envolve executivos de finanças, uma área muito voltada para o privado. Entretanto, também tem aspectos similares com as ONGs, conta com o trabalho voluntário de executivos nos Conselhos e na Diretoria. Acredito que será um casamento muito bom.

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