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Programa de mentoring do IBEF Jovem inicia com sucesso

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O CFO Rogério Menezes (centro), cercado por seus mentorados. Inscrições esgotaram rapidamente.

Como ter seu esforço reconhecido pelo chefe? Partir para um novo desafio ou ficar mais tempo na empresa? Todo mundo já se deparou com essas questões. Mas poucos são aqueles que têm a oportunidade de buscar as respostas com a orientação de um mentor. Quinze associados começaram a desfrutar desse privilégio ontem, na primeira reunião do programa de mentoring oferecido com exclusividade pelo IBEF Jovem.

As inscrições para o mentoring são limitadas a 15 participantes. Para este primeiro evento, todas as vagas foram preenchidas rapidamente. Em abril e maio, acontecerão encontros com outros mentores, o que dará a oportunidade para quem não entrou neste primeiro grupo participar de uma nova turma.

Soft skills: 80% das habilidades de um executivo em nível de diretoria passam pela comunicação, observou Menezes.

Foram mais de três horas de conversa, mas não se viu o tempo passar. O estilo despojado e sincero do primeiro mentor do programa, Rogério Menezes, CFO da AkzoNobel PPC, conquistou os participantes logo de cara.

Com perfil orientado a pessoas, Menezes possui 26 anos de experiência acumulados em multinacionais do setor industrial, duas expatriações (México e França) e trabalhos realizados em mais de 30 países. Agora, o executivo se prepara para um novo desafio: assumir, a partir de 1º de maio deste ano, o posto de CFO para Brasil, Argentina e Chile da Smurfit Kappa, uma das maiores fabricantes mundiais de papéis e embalagens.

Soft skills –  80% das habilidades de um executivo em nível de diretoria passam pela comunicação, destacou Menezes. Daí a importância das soft skills – habilidades relacionadas à personalidade – onde os aspectos ligados à comunicação, entre outras tantas habilidades interpessoais, são uma componente muito relevante para o desenvolvimento da carreira.

Método aplicado estimulou interação com os participantes.

“Não adianta ter no currículo a frase ‘formado em Harvard’ se você for um idiota’ corporativo. Para trabalhar em equipe e ser parceiro do negócio, é preciso reunir um conjunto de habilidades que vão além do aspecto técnico”, assinalou Menezes.

Comunicação, foco, resiliência, capacidade de ouvir e se colocar no lugar do outro são aspectos que podem impulsionar (ou limitar) um executivo a atingir o próximo nível da carreira. A orientação a resultados sempre deve estar presente, alerta Menezes, mas é preciso cuidado para não se tornar o executivo “trator” – alguém que atropela a todos para fazer essa entrega.

“Se você trata bem as pessoas e sabe dividir o bolo, você ganha crédito. Elas confiarão e trabalharão para você. Isso faz uma grande diferença para os resultados e para o seu crescimento profissional”, aconselhou.

Os princípios éticos são inegociáveis. “Eu acredito na liderança pelo exemplo; quando você está em uma posição mais alta, você é a vidraça. Ter flexibilidade e se relacionar bem é importante, mas sempre respeitando o limite ético. A ética deve vir sempre em primeiro lugar”.

Carreira globalizada – Quando Menezes perguntou aos participantes “quem gostaria de consolidar uma carreira em um ambiente corporativo globalizado e/ou trabalhar fora do país?”, todos levantaram a mão. Contudo, quando indagou “quem fala bem inglês?”, apenas quatro se manifestaram.

Esse fato causou surpresa ao mentor, que ressaltou de imediato a necessidade de se elaborar um Plano de Ação concreto nesse sentido. O CFO acrescentou que se trata de um gap profundo, considerando que vivemos em uma era plenamente globalizada, e a maioria das organizações multinacionais já exigem, além do inglês fluente, o domínio de pelo mais um idioma estrangeiro.

Mudar ou ficar? – Outra questão discutida com os participantes foi qual o melhor caminho a percorrer: uma carreira longeva em uma mesma companhia ou diversificada em várias?

Menezes: “A ética deve vir sempre em primeiro lugar”.

Rogério Menezes disse que a indústria valoriza quem tem longevidade nas empresas, e não o profissional “pula-pula” que está a cada ano em um local diferente. Contudo, estar estagnado na mesma posição há 10 anos é igualmente ruim. O ideal é tentar construir uma carreira ascendente, galgando diferentes postos, ao longo de um período significativo em uma mesma companhia.

Se o profissional ainda não recebeu a promoção que desejava, é importante pedir o feedback das lideranças para entender quais são as habilidades que estão faltando para chegar lá, aconselhou o CFO. Contudo, se ele identificar que mesmo preparado não há mais alternativas para seu crescimento na organização, talvez seja o momento de ter a coragem para buscar uma oportunidade fora.

Pegando esse gancho, Rogério Menezes passou a lição de casa para os mentorados: elaborar um planejamento para atingir a posição profissional desejada para os próximos 10 anos, estabelecendo as ações necessárias para isso e prazos para cumpri-las.

Exercício: Mentorados planejarão a carreira para 10 anos.

O mentor também analisou os currículos de todos participantes, dando algumas dicas para aperfeiçoamento. Exemplos: iniciar o CV com uma breve apresentação pessoal, elencar as experiências profissionais da mais recente para a mais antiga, tamanho máximo de duas páginas, utilizar palavras-chaves para o cargo desejado e, de preferência, elaborar uma versão em inglês.

O próximo encontro de mentoring com Rogério Menezes acontecerá em junho. Cada participante se comprometeu a realizar o exercício de planejamento de carreira proposto e submeter esse plano para análise do mentor antes da próxima reunião.

VISÃO DOS PARTICIPANTES:

“Não tenho palavras para agradecer ao Rogério por aceitar o convite para ser o mentor do nosso programa. A cada dia a minha admiração por ele cresce mais”, dito por José Vinicius de Oliveira Alves (líder do IBEF Jovem).

“Ser mentor e conduzir a reunião da forma como o Rogério Menezes fez, dedicando seu tempo, compartilhando suas experiências de vida e os princípios em que acredita, visando ensinar, é uma atitude de generosidade. São poucos os momentos em que temos a oportunidade de crescer escutando alguém que tem muito a dizer, influenciando de maneira positiva as nossas vidas”, dito por Luiz Polydoro.

“Eu não esperava por essa abordagem mais pessoal em um mentoring coletivo, pensei que o formato seria algo mais formal, como uma palestra. Conseguimos participar bastante”, dito por Maira Galuzio.

“Foi muito bacana a forma de condução e o método utilizado, mais provocativo e de share of mind. As pessoas puderam trazer alguns inputs, cada um falou um pouco sobre suas questões. Sinto que já houve um desenvolvimento pessoal nessa primeira experiência”, dito por Tiago Gonçalves.

“Eu nunca tinha participado de um mentoring. Pensei que seria algo parecido com uma palestra e me surpreendi. As perguntas feitas pelo Rogério Menezes nos fizeram refletir sobre nossas atitudes, foi muito bom. Precisamos marcar já a próxima data”, dito por Gustavo Brazzalotto.

“A minha sensação é de estar inspirada. Quero chegar em casa, refletir sobre o que foi discutido e colocar no papel’, dito por Inácia Marçal.

“Hoje existe técnica para tudo, vemos muitos métodos empacotados que até têm o seu valor, mas isso é diferente de você escutar a experiência de vida de alguém que passou por todas essas etapas e foi bem-sucedido. Isso sedimenta muito mais a discussão. É a experiência aliada à técnica para pensarmos em nossa carreira”, dito por Paulo Castro.

“Sou um executivo mais experiente, tenho 41 anos, mas estou aqui para buscar coisas diferentes porque sinto que chegou o momento de fazer uma transformação em minha carreira. Já passei por várias etapas, desenvolvimento de soft skills e de construção de relações longevas na empresa. Então, foi muito bom ouvir para pensar sobre o meu caminho futuro e os aspectos que faltam para atingir meus objetivos”, dito por Rogério Cordeiro.

Para mim, foi importante para desconstruir algumas crenças. Como, por exemplo, a de que precisamos entregar tudo não importa o sacrifício. Mas é preciso ver qual o limite, até que ponto essa crença é sustentável. Vou levar isso como inspiração”, dito por Danilo de Oliveira.

“Tenho 25 anos, mas eu sempre valorizei conversar com pessoas mais experientes. Isso abre a mente para ideias e conceitos que muitas vezes você não percebe por ser mais novo, mas uma pessoa mais experiente entende e pode compartilhar isso. Então, foi sensacional o período em que ficamos aqui”, dito por Felipe Chimenti.

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