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VAREJO
Rubens Batista Jr. é secretário geral do IBEF-SP e sócio da 2B Partners Consulting.
Estamos inseridos em um sistema econômico cujo motor é o estímulo ao consumo. A sustentação deste modelo disso depende. As bases desse estímulo ao consumo são a inovação e a comunicação.
Inovação não é invento, e sim aplicar a criatividade sobre a utilidade. Ou seja, trata-se de oferecer soluções melhores (na forma de produtos e serviços) aos já consumidores e, neste processo, “criar” novos consumidores.
Comunicação envolve a mensagem, os meios e os canais dos quais se faz uso para mostrar ao consumidor um produto ou serviço. O desafio é identificar e comunicar aqueles atributos (do produto ou serviço) que seriam valorizados a ponto de fazer o consumidor trocar de marca ou modelo e, ainda, tornar um não consumidor em consumidor.
Como profissional que oferece produtos e serviços, você fará uso da inovação e da comunicação
Como indivíduo ou profissional, é importante reconhecer que somos partícipes desse modelo. Uma vez admitido isso, torna-se mais fácil e racional decidir em quais bases você irá participar/jogar.
Como profissional que oferece produtos e serviços, você fará uso da inovação e da comunicação. O desafio é como utilizar e alavancar-se mais sobre a inovação, dependendo menos da comunicação.
A sociedade busca soluções (não produtos e serviços) para seus problemas e desconfortos do cotidiano. Disso – a busca por conforto e soluções – decorre o sucesso de aplicativos de reserva de táxis, de reserva de restaurantes, de navegação no trânsito dentre vários outros.
Como consumidor profissional (que compra produtos e serviços para seu negócio) ou mesmo como consumidor privado (para fins pessoais), ao decidir por consumir/comprar você deveria se questionar:
1) Qual solução estou recebendo? Principalmente ao comprar produtos intangíveis (ex: software) ou serviços, esta pergunta é fundamental uma vez que você está em sua cabeça comprando uma solução e não uma “calculadora” (na qual você precise formular os cálculos) ou um formulário de contrato;
2) Em que isso irá aumentar a minha produtividade (fazer mais), reduzir custo (precisar de menos)?;
3) Eu entendo o que estou comprando? (Recentemente, em uma conferência telefônica, estávamos – os diretores de uma associação – em dúvida sobre a proposta recebida quanto aos serviços que estamos a contratar para um novo projeto!);
4) É algo que já foi testado ou serei um dos primeiros a utilizar? Isso demandará mais análise uma vez que não existem muitos “casos” reais;
5) Quem é o fornecedor? Há quanto tempo existe, qual seu tamanho, e qual sua especialização?;
6) Posso passar sem isso ou existem substitutos?
“Quem não põe um animal para puxar o arado colhe bem pouco, mas aquele que põe colhe muito.” (Livro de Provérbios)