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Os aprendizados de carreira do CFO da Cielo

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Participantes da nova turma de mentoring do IBEF Jovem.

“Sou financeiro desde nascença”, afirmou Clóvis Poggetti Jr., em tom bem-humorado, para um grupo de 18 jovens que o ouviam atentamente, com lápis e papel de prontidão nas mãos para anotar os conselhos do executivo. Eleito seis vezes consecutivas um dos melhores CFOs da América Latina pela Institutional Investor Magazine, Poggetti lidera a mais nova turma do programa de mentoring do IBEF Jovem, iniciada neste mês.

Com 26 anos dedicados ao mundo das finanças, Poggetti Jr. contou sua trajetória profissional e os aprendizados de sua experiência em companhias como a Gradiente Eletrônica, a startup Sendo Brasil, e, atualmente, na maior empresa do mercado de adquirência brasileiro, a Cielo.

Flexibilidade – Ao longo de mais de duas décadas de carreira, o executivo passou por todas as cadeiras de finanças, acumulando experiências e diferentes perspectivas. Isso contribuiu para a formação de um perfil profissional mais “generalista”, como descreve Poggetti Jr., mas de um generalista financeiro.

“Nunca quis ficar mais de três anos na mesma área, mas busquei acumular aprendizados em cada lugar por onde passei. É preciso desapegar de algumas posições para adquirir novas experiências”, ensina o executivo, que destacou a importância da flexibilidade profissional e do entendimento das diferentes perspectivas de um negócio.

Resiliência – Os anos difíceis também ensinaram. Na época mais adversa de sua experiência na indústria eletrônica, em que às vezes era preciso “vender o almoço para pagar a janta”, o maior aprendizado foi a resiliência. “É não se desesperar apesar das dificuldades”, disse o CFO.

A capacidade de se adaptar rapidamente às mudanças e encontrar soluções em cenários complexos é um diferencial que coloca os executivos de finanças brasileiros entre os melhores do mundo, na opinião de Poggetti Jr. “Ser (executivo) financeiro em momentos de turbulência é uma experiência que gera um profissional melhor do que o que está em um ‘cenário de laboratório’ onde quase nada muda”.

“Paranoia positiva” – A Cielo é um exemplo de empresa brasileira que conseguiu manter seu crescimento rentável frente às dificuldades do cenário externo, observou Poggetti Jr. Mesmo com os tropeços da economia e as mudanças regulatórias no setor, a ação da companhia registrou valorização de 390% desde seu IPO (até setembro de 2016). Hoje a Cielo é a sétima maior empresa em valor de mercado na Bolsa brasileira (R$ 74,6 bilhões), e líder do mercado de adquirência no país e na América Latina.

Parte desse sucesso se deve a uma “paranoia positiva”, compartilhada tanto pela companhia como por seu CFO. “É como se a empresa nunca se julgasse boa o suficiente”, explicou Poggetti Jr., sobre a busca incessante por aprender, aperfeiçoar processos e trazer inovações para dentro de casa.

Questionado se as fintechs (termo comumente aplicado às startups de tecnologia financeira) consistiriam em uma ameaça ao negócio, Poggetti Jr. foi categórico: “a Cielo se considera uma fintech”. E explicou: “sempre que detectamos uma tecnologia disruptiva no mercado, procuramos trazer isso para dentro do nosso portfólio. Assim, transformamos a ameaça em oportunidade”.

Crescimento – Para os jovens executivos ansiosos por ascender meteoricamente na carreira, o CFO dá três conselhos: respeitar os ciclos profissionais, construir uma formação sólida e trabalhar a inteligência emocional. “Vejo pessoas com excelente potencial e que devido à ansiedade por crescer rápido escolhem um caminho que pode ser ruim”.

Poggetti Jr. destacou que cada experiência profissional tem um ciclo (conhecer, adaptar, desenvolver, implementar e colher) e que, salvo raras exceções, isso dificilmente se completa em um período inferior a dois anos.

“Muitas das decisões sobre o futuro da sua carreira, em uma empresa, acontecem sem que você possa estar presente na discussão. Por isso, é preciso construir um histórico sólido de entregas e experiências, que ateste a sua capacidade para assumir um novo desafio e dar certo”, ressaltou o CFO da Cielo.

Questionado sobre seu próprio futuro, se pretende se tornar CEO algum dia, Poggetti Jr. afirmou que sim. Como bom financeiro, tem calculados os riscos e as competências estratégicas que a transição CFO-CEO exige. E se prepara para este novo desafio, um ciclo para o futuro.

 

OPINIÕES DOS PARTICIPANTES

“Agradecemos ao Clóvis Poggetti Jr. por aceitar ser um dos mentores deste programa do IBEF Jovem e pela imprescindível disposição dedicada para isso. Foi fantástico, parabéns!”, por Eduardo Meira, líder da pasta de Carreira, Desenvolvimento e Empregabilidade do IBEF Jovem.

“Foi uma experiência sensacional. A partir das experiências e conselhos ditos pelo Clóvis, consegui pensar em uma solução para um problema que estou enfrentando”, por Everton Silva.

“Gostei muito da oportunidade de interagir diretamente com um CFO, foi uma experiência que valeu a pena”, por Vitor Dambrosio.

“Fiquei bem impressionado com o nível dos eventos do IBEF SP. Todos aprenderam com essa experiência de mentoring com o CFO da Cielo, é uma oportunidade que não se vê em todos os lugares”, por Bruno Jucá.

“Foi um aprendizado valioso com um profissional que tem uma bagagem muito importante de experiências”, por Danilo Senen.

“A oportunidade de ter contato com o CFO de uma grande empresa, e saber como ele pensa e ouvir seus conselhos para a carreira, é um dos grandes benefícios que vejo em participar do programa de mentoring do IBEF Jovem”, por Felipe Maia.

(Reportagem: Débora Soares/ Fotos: IBEF SP)

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