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CARREIRA
Tomás Jafet é gerente sênior da área de Finanças da Michael Page
No próximo ano, a economia brasileira ainda passará por alguns ajustes, o que deve gerar sinais de incerteza por parte do mercado. Outra possibilidade é o início de recuperação, a tão esperada retomada do crescimento.
Diante desse cenário, a tendência das empresas é buscar profissionais de finanças que se enquadrem em determinados perfis, como veremos a seguir.
O profissional de finanças será cada vez mais exigido para prever o incerto neste mercado ainda instável. A quebra do status quo é necessária. Será preciso pensar diferente, buscar alternativas o tempo todo e ter a habilidade de atuar de maneira multifuncional mantendo o foco no plano de longo prazo. Tudo isso sem deixar de ficar atento na gestão da rotina e nas oportunidades que tragam impacto no curto prazo.
Esse é um caminho sem volta. E isso não é ruim. Pelo contrário: é um convite para a reinvenção pessoal, e uma grande oportunidade para renovar sua atuação e plano de carreira dentro das organizações.
Para esses momentos de indefinição, as empresas vão priorizar os esforços em executivos de finanças que possam atuar em mais de uma área, sem abrir mão da profundidade de todos os temas que tomam a agenda de um CFO.
Podemos apontar três profissionais que devem ter atenções redobradas no próximo ciclo: gerente tributário, gerente de tesouraria e o controller. Todos estão incumbidos de apurar, supervisionar e controlar atividades, departamentos e demandas de curto, médio e longo prazo. Portanto, a visão de negócios será essencial nessa conjuntura e para todo capital humano que compõe a estrutura de finanças.
Visão de negócios permanece essencial, mas junta-se a um bom relacionamento com bancos para uma gestão de caixa saudável, aproximação com as equipes (leia-se liderança) e o foco no resultado também de curto prazo.
Agora, se o mercado mostrar sinais de recuperação, competências como pensamento estratégico (para liderar ideias e projetos), visão de longo prazo e um senso especial para as práticas de crescimento/expansão/fusões e aquisições vão se sobressair.
Tenha em mente que, quando a crise passar, os mais preparados estarão à frente. E a carreira de finanças é distinta neste ponto: mesmo em momentos de grande dificuldade, nunca perde o status da prioridade dentro das empresas.