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Por Eduardo Adas, sócio-fundador da SOAP
Saiba mais sobre essa habilidade, que pode fazer toda a diferença durante uma apresentação.
Quando você vai fazer uma apresentação, criar uma afinidade e uma conexão com a audiência permitem comunicar-se com todos como se estivesse comunicando-se com cada um individualmente. Esse é o resultado de apresentadores que dominam a técnica da empatia.
Mas, afinal, o que é empatia? Empatia é se colocar no lugar do outro, buscando entender suas opiniões e emoções. Não é sentir o mesmo, ou concordar sempre com as outras pessoas, mas sim respeitar e compreender o que elas pensam, sentem e falam.
Empatia pode ser descrita pela ideia de rapport, um conceito da psicologia que representa a ligação harmônica entre as pessoas. Essa sinergia facilita a interação e a troca de informações. Resulta em uma relação saudável e de respeito.
Empatia durante apresentações
Ao fazer uma apresentação, durante a criação do roteiro, deve-se pensar no conteúdo, mas também em como o seu público quer receber esta informação. Conhecer a audiência é a melhor maneira para criar este laço entre apresentador e audiência.
Procure descobrir o que sua plateia já sabe sobre o tema, o que ainda não sabe, quais são as mensagens que ele precisa gravar e qual a cultura do ambiente, ou seja, o público é mais sério ou brincalhão? Gosta mais de números ou de histórias? São meios de se aproximar mais do público e, assim, ter mais chances de gerar empatia.
Caso você sinta que não é empático, não se desespere! É possível desenvolver essa habilidade.
A primeira dica é nomear as pessoas. O ser humano tem um desejo pela conexão individual. Ao responder uma pergunta da plateia, pergunte como a pessoa se chama e dirija-se a ela pelo nome. Ainda sobre interação com a plateia, faça perguntas retóricas, para as quais a resposta não importa muito. Ao fazer isso, você coloca os espectadores para refletir e sentir o mesmo que você, o que gera cada vez mais conexão.
Um truque infalível é o sorriso no rosto. A ciência concluiu que temos um grupo de células chamadas neurônios-espelho. A simples observação de ações alheias ativa as mesmas regiões do cérebro dos observadores. Assim, estampar alegria no seu rosto vai ajudar seus interlocutores a entrarem na mesma sintonia.
Pratique também o recurso do calibramento. Perceba como é seu interlocutor: fala rápido? Devagar? Faz muitos gestos? Iguale suas atitudes e o seu modo de falar ao jeito do outro. Assim, são maiores as chances de ele entender a mensagem que você quer passar. No caso de uma apresentação para muitas pessoas, varie seu tom de voz e a velocidade da sua fala para atingir mais gente.
Um pecado para não cometer
A principal atitude que destrói a empatia é o julgamento. “Nossa, que pessoa chata! Não para de fazer perguntas…”
Para não julgar é fundamental sair da “bolha de realidade”, construída a partir das experiências únicas de cada pessoa, e entrar na bolha do outro. As pessoas tendem a ver o mundo com base em quem elas são. Quando usam referências e crenças pessoais, criam uma barreira ao comportamento empático. Lembre-se: entenda e respeite o outro. “É, ele pergunta muito mesmo. Mas deve ser porque quer entender melhor, quer se aprofundar no assunto.” O comunicador não pode julgar a plateia. Deve, pelo contrário, entender as demandas dela.
Com essas dicas você pode começar a praticar a empatia e surpreender nas próximas apresentações!