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CEO TALKS: Oportunidade em tempos de crise

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CEO TALKS – Líderes compartilham ideias

Com MAURÍCIO CASCÃO, presidente da Mandic Cloud Solutions. 

O setor de tecnologia é um daqueles raros mercados que conseguem ter bom desempenho nos bons e maus momentos da economia.

Maurício Cascão: “Estamos crescendo 3% ao mês”
Foto: Reprodução

O setor de tecnologia é um daqueles raros mercados que conseguem ter bom desempenho nos bons e maus momentos da economia. Na bonança, as empresas investem em tecnologia para obter produtividade, reduzir custos e explorar novos mercados. Na crise, também. 

Um exemplo disso é a Mandic, empresa focada em serviços na nuvem. Enquanto outros negócios amargam resultados negativos, a companhia cresce em um ritmo de 3% ao mês. O CEO, Maurício Cascão, explica o porquê.

IBEF SP: Qual tem sido o comportamento do mercado, no seu segmento?

MAURÍCIO CASCÃO: O mercado muda rápido. Nossa empresa presta serviços em nuvem, data center (centro de processamento de dados) em nuvem. Temos competidores multinacionais e brasileiros. Então, é um mercado dinâmico em que as ofertas e as margens mudam com alguma rapidez. Trabalhamos estritamente com o mercado corporativo, mas a tecnologia já evoluiu ao ponto em que hoje você consegue contratar um servidor na internet em questão de segundos. Após a aprovação do pagamento, conseguimos disponibilizar o servidor em menos de dois minutos. Então, nosso mercado é muito dinâmico na questão de preço.

Como estão as perspectivas para 2016?

Espera-se um ano de crise, não há o que discutir. Todo mundo está mais atento para fazer negócios. Mas, ao mesmo tempo, o que oferecemos é uma tecnologia nova. A computação em nuvem traz flexibilidade. Somos eficientes em custo. Quando você contrata (serviço) na nuvem você não tem que comprar, você aluga. E você contrata somente o que a sua empresa está precisando. Você não precisa comprar uma coisa que, eventualmente, vai ficar com sobra.

Você enxerga oportunidades de crescimento?

2015 tem sido um ano excelente ano para nós. Estamos crescendo 3% ao mês. Existem muitas oportunidades no mercado e as pessoas estão estudando, pensando muito mais antes de tomar decisões. Para superarmos as nossas metas, que são agressivas, teremos que visitar muito mais clientes, mas o resultado está chegando e estamos nesse patamar de evolução. Estamos crescendo forte.

Como a Mandic espera fechar o ano?

A previsão é essa: continuar o crescimento de 3% ao mês. O cenário macroeconômico do País pode não ser muito melhor em 2016, infelizmente. Mas queremos estar próximos dos nossos clientes, entender suas necessidades e trazer mais eficiência para eles, porque sabemos que o Brasil vai retomar (seu crescimento). E quando o país retomar, teremos uma carteira mais forte, um número muito maior de clientes e vamos crescer junto com eles.

Qual a orientação para o seu time de finanças?

A grande orientação para o time financeiro tem sido entender os produtos que estamos vendendo e as margens trabalhadas. Para conseguirmos identificar muito bem, dentro do nosso portfólio, os produtos “vaca leiteira”, ou seja, aqueles em que temos boas margens e conseguimos ser assertivos no mercado; e aqueles outros em que a competição é muito mais acirrada, temos que ser agressivos no preço, mas que a venda gera uma margem menor. Então, o segredo tem sido fazer um bom mix entre os produtos.

O que significou para a Mandic ter um de seus jovens talentos, Romero Correia, entre os finalistas do 12º Prêmio Revelação em Finanças IBEF SP/KPMG?

São vários aspectos. Primeiro, o aspecto de surpresa. A nossa diretora financeira, Rosangela Sutil, é um membro ativo do IBEF SP. Foi ela quem indicou e disse: “acho que a gente deveria participar”. Então, para uma primeira iniciativa, foi uma surpresa fazermos parte da final.

Segundo: A Mandic existe há mais de 20 anos. Mas depois da capitalização e da entrada de novos sócios, em 2012, começamos um processo muito novo na organização. Antes não havia um projeto implementado como esse (CEPP – Comitê Estratégico de Preços & Produtos, trabalho finalista do Prêmio, autoria de Romero Correia).

Qual foi o impacto do projeto para a empresa?

Hoje o projeto é uma ferramenta vital para a rentabilidade da companhia. Entendemos o que estamos vendendo, qual é a precificação, quais são as margens… Tudo isso de forma completamente integrada. Ganhamos velocidade e muita assertividade na alocação do esforço para vender aquilo que traz receita para a companhia. Então, estamos muito satisfeitos. Vamos participar do Prêmio nos próximos anos e podem ter certeza que voltaremos (a ser finalistas) e esse prêmio será nosso.

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