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Profissionais que querem se destacar no mercado podem ter nos processos de certificação, financeira e não financeira, grandes aliados para voos mais altos na carreira.
Por exemplo, 83% das empresas listadas no Fortune 500 empregam profissionais com CTP (Certified Treasury Professional), observa Stefan Lee, sócio da FK Partners. Ele e Pablo Camargo, também sócio da companhia especializada em certificações financeiras, foram os convidados da live “Certificações Nacionais e Internacionais em Finanças”, realizada pelo IBEF Conecta Jovem no dia 27 de abril.
Processo inflacionário – A certificação é um primeiro passo importante para que os profissionais financeiros possam exercer suas funções, , observou Pablo Camargo.
Conforme o mercado se desenvolve e torna-se mais competitivo, aumentam também as exigências de qualificação para os financeiros. E isso vem acompanhado de um processo “inflacionário” nas certificações, observou Pablo. É quando uma determinada certificação se populariza a ponto de deixar de ser diferencial para tornar-se necessidade, e o diferencial passa a ser a próxima certificação mais complexa.
“Isso é excelente para a sociedade”, observou Pablo. “Esse processo inflacionário das certificações faz com que os profissionais tenham acesso a conteúdos mais densos, e em quantidade maior”.
Certificações para atuação em instituições financeiras – É o caso, por exemplo, das certificações voltadas aos profissionais do mercado de instituições financeiras, oferecidas pela Anbima. O CPA-10, considerado o primeiro nível e atualmente obrigatório para assistentes e gerentes na maioria dos bancos, já soma mais de 254 mil certificados. O segundo nível, o CPA-20, voltado a profissionais que lidam com investidores mais sofisticados, contabiliza 126 mil certificados. Subindo mais alguns degraus, o CEA (consultoria em planejamento de investimentos) contabiliza 12 mil certificados, e o CGA (gestão de recursos de terceiros) apenas3700.
O funil fica ainda mais estreito quando falamos das certificações internacionais. Segundo Pablo, o título de CFA (Chartered Financial Analyst) é detido por apenas 1.300 pessoas no Brasil, o de FRM (Financial Risk Manager) por cerca de 150 pessoas, assim como o de CAIA (Chartered Alternative Investment Analyst), pouco menos de 100. Com a crescente sofisticação dos produtos financeiros ofertados no País, a previsão de Pablo é que os certificados CAIA apresentem maior crescimento nos próximos 5 anos.
Certificações para atuação em instituições não financeiras – Para quem deseja crescer na área de finanças em organizações não ligadas ao mercado financeiro, Stefan destacou que certificações internacionais como a CTP (citada acima) e a FPA (Certified Corporate Financial Planning & Analysis) podem ser mais proveitosas.
“O departamento financeiro (não administrativo) de uma organização possui três grandes áreas que respondem ao líder de finanças: Tesouraria, Controladoria e Fiscal – que respondem ao líder de finanças”, observou Stefan. “Quem está na área de finanças e deseja ser CFO um dia precisa ter conhecimentos sobre cada uma dessas áreas”.
Inclusive, há profissionais certificados em FPA que estão estudando para o CTP e vice-versa, com o objetivo de obter essa polivalência, disse Stefan. As provas são em inglês e realizadas duas vezes por ano.
A vantagem dessas certificações, segundo o especialista, é que o conteúdo é mais voltado para o mundo corporativo, auxiliando o profissional a se preparar para os níveis de complexidade e melhores práticas encontradas em grandes empresas. Inclusive, são certificações elaboradas pela American Finance Professionals, com o objetivo de qualificar o pool de talentos para essas organizações.
“É uma oportunidade legal neste momento para os profissionais de finanças, porque são certificações que ainda consistem em diferencial neste momento. Essas seriam as minhas dicas para quem deseja galgar cargos mais altos em empresas grandes”, completou Stefan.
Assista ao vídeo completo da live no canal do IBEF-SP no YouTube.