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CFO Forum 2018: CFOs reinventores estão liderando a transformação digital

Qual será o futuro da função do CFO em meio às transformações geradas pela revolução digital? Essa questão desafiadora permeiou o CFO Forum 2018, evento realizado por IBM Brasil e IBEF-SP nos dias 15 e 16 de setembro.

A longa parceria entre IBEF-SP e IBM para a realização do evento, que chega à sua décima edição, foi destacada pelo CFO da IBM Brasil, Serafim de Abreu, e pelo presidente do IBEF-SP, Marco Castro, na abertura do encontro.

¨Temos um grande compromisso com o CFO Forum. É tão importante para nós que trouxemos alguns dos nossos principais executivos para participar: o CEO da IBM Brasil, Tonny Martins e a presidente da IBM América Latina, Ana Paula Assis¨, destacou Abreu. ¨Esse evento reflete os dois principais pilares do IBEF-SP: o networking entre os executivos e a divisão do conhecimento, com conteúdo de qualidade¨, completou Castro, ao saudar os participantes em nome do Corpo Diretivo do Instituto.

O CFO tem importante papel em cuidar do presente e do passado de uma companhia, zelando por seu patrimônio e balanço. ¨Mas ele tem que principalmente olhar à frente: trabalhar junto ao CEO para desenhar o futuro da empresa¨, completou Serafim de Abreu, ao abrir a agenda de discussões.

Orquestrando o futuro

¨Dizem que a melhor maneira de prever o futuro é construindo ele. E o futuro chegou¨, destacou a presidente da IBM América Latina, Ana Paula Assis. Ela ressaltou que a transformação digital pode ser fonte de ameaças ou oportunidades para as empresas. As lideranças têm papel decisivo em definir de qual lado se estará.

Ela citou exemplo de três players que se posicionaram do lado das oportunidades: um novo entrante que disruptou o mercado de hotelaria sem possuir um apartamento próprio, o Airbnb; um player tradicional que se moveu para capturar novas oportunidades, a exemplo do Bradesco, que criou o banco digital Next; e uma empresa que atravessou a fronteira da indústria de filmes, transitando da distribuição para a produção, a Netflix. ¨Eles estão em três cenários de competição muito distintos, mas possuem um aspecto comum: sua viabilização pela tecnologia¨.

Ecossistemas – As empresas melhor posicionadas no cenário da transformação digital são aquelas inseridas em ¨ecossistemas¨, eliminando fronteiras e conectando-se às outras indústrias, observou a executiva. Elas são as que geram hoje mais receitas e têm maiores margens. Contudo, são um tipo raro: representam apenas 12% das companhias em todo o mundo.

Essas organizações proveem uma excelente experiência para o cliente e obtêm dados em todas as interações, diferenciando-se por esse conhecimento profundo do consumidor. ¨Os dados definirão o futuro dos negócios¨, ressaltou a CEO.

Um novo perfil de consumidor – A combinação entre evolução tecnológica e a explosão de dados produzidos mudou completamente o perfil dos clientes, observou a presidente. ¨Os consumidores agora estão mais informados, empoderados e exigentes, acostumados a receberem uma experiência mais encantadora do que a outra pelas empresas¨, notou Ana Paula.

Com a proliferação de novos concorrentes, as relações entre empresa e cliente tornaram-se mais voláteis, em função da possibilidade de o consumidor mudar facilmente suas escolhas. ¨A confiança será a grande característica que vai determinar o sucesso ou fracasso das empresas na era digital¨, notou a executiva. Eventos recentes, como o uso indevido de dados de usuários, trouxe um alerta para a importância do cuidado com dados pessoais, ética e transparência para garantir de forma segura a proliferação dos negócios na economia digital.

Para chegar lá, as empresas precisam desenvolver uma série de competências, como: inteligência artificial para interpretar e extrair valor da grande massa de dados de seus clientes; contar com uma infraestrutura com base em nuvem, para ter agilidade, flexibilidade e escalabilidade; e cuidar da segurança – uma vez que a confiança será a base da construção dos modelos de operação digital. Nesse aspecto, é preciso agir em duas vertentes: a prevenção contra invasões de seus dados e também medidas de mitigação caso elas ocorram.

CFOs reinventores – O líder de finanças tem um papel crucial em mover sua companhia para o lado das oportunidades na transformação digital. 36% dos CFOs já estão construindo ou planejando construir um modelo de negócios com plataformas digitais, segundo pesquisa do IBM Institute for Business Value, que ouviu 2.000 executivos de finanças.

Quem está à frente dos resultados são os chamados ¨CFOs Reinventores¨, profissionais que contribuem para fazer uma transformação digital massiva e estratégica em suas empresas. Segundo dados do IBM Institute, 79% dos integrantes desse grupo apontam que suas empresas têm alto crescimento de renda, 71% indicam alta lucratividade e 70% afirmam que estas lideram a inovação em seus mercados.

¨Os CFOs reinventores promovem uma integração forte entre TI, estratégia e operações. Quando participam do planejamento de um produto, mesmo que seja físico, já pensam nas características digitais dele¨, observou a CEO. Esses líderes colaboram e extraem valor do ecossistema de sua rede de negócios, utilizam dados para descobrir e criar novas experiências para os consumidores, e estabelecem uma cultura de experimentação em suas empresas (¨fail fast, suceed faster¨).

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