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Construção além do prego e do martelo!

Por Rubens Batista Jr., CFO da Martins Comércio e Serviços de Distribuição S.A.

Ao se decidir por construir algo, seja uma obra ou negócio, existem algumas fases básicas:

a) definição do modelo;
b) detalhamento: definição do cronograma físico-financeiro;
c) aprovação: significa a apropriação dos recursos ao projeto ou sua negação ou postergação; e
d) execução.

A definição do modelo nada mais é do que uma resposta ou uma solução a um problema ou necessidade. Como exemplo podemos tomar a necessidade de mais espaço para uma fábrica, depósito ou escritório. Na definição do modelo (ou solução para o problema) deverá ser considerado:

• onde estão os clientes;
• como os produtos ou mercadorias são despachados aos clientes;
• onde vivem os empregados e como esses se locomovem para chegar;
• a possibilidade de separar fisicamente as atividades (produção da administração; produção de uma linha de outra; depósito/armazém da administração; front office do back office) de maneira econômica;
• adicionalmente questiona-se se poderia ser feita uma terceirização da produção ou, ainda, uma maneira nova de organizar o espaço (ex. substituindo escritórios individuais por comuns, no conceito de hoteling);
• quanto ao investimento pode-se perguntar se será próprio ou feito por terceiro sob encomenda que por sua vez lhe aluga; e aí vai longe…

Tudo isso para mostrar que um modelo deve ser pensado e não copiado, afinal trata-se de uma solução para um problema específico.

Ocorre que em nossa realidade gostamos de copiar, de seguir tendências, independentemente daquilo nos servir, ser aplicável à nossa realidade ou às nossas empresas.

Ou ainda, buscamos uma solução simplesmente olhando para nossa realidade ou recursos internos disponíveis. Existe um ditado que diz: “Para quem tem um martelo qualquer solução passa por/envolve um prego”.

A maneira correta deveria ser: pensar antes de fazer, considerar tantos aspectos e possibilidades quanto possíveis; “olhar para fora” não para buscar/copiar solução e sim inspiração; gastar tempo na “prancheta” e ter humildade para submeter o projeto (solução) como ele é (sem florear ou nada esconder) e se necessário estar aberto a fazer ajustes: o conjunto disso é o que aumenta as chances do projeto ser uma solução real para o problema!

E se você, por outro lado, for alguém que irá analisar um projeto/solução para um problema não se esquive de cumprir o papel de um analista: perguntar e conferir para, então, recomendar!

 

As opiniões e conceitos emitidos no texto [acima] não refletem, necessariamente, o posicionamento do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF) a respeito do tema, sendo seu conteúdo de responsabilidade do autor.

 

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