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A inovação aberta se apresenta como uma possibilidade de solução disruptiva para os tradicionais modelos econômico e de negócios. É uma necessidade não só da nova economia, mas de todo negócio que quiser ter continuidade em um mundo em rápida transformação, no contexto da revolução digital.
O IBEF-SP realizou no dia 16 de agosto a primeira live da segunda edição da “Startup Week”, evento que apresenta à comunidade de associados soluções inovadoras desenvolvidas por startups. A palestra inaugural, “Stacks de Inovação – Um passo a passo para montar sua estratégia de inovação aberta”, foi ministrada por Guilherme Massa, cofundador e Head of Corporate Success da Liga Ventures.
O evento vai ao encontro do propósito do Instituto de sempre manter seus associados atualizados com as mais recentes tendências e soluções para o ecossistema de finanças. Nas palavras da host da Startup Week, Flávia Schlesinger, VP do IBEF-SP e CFO da Pepsico Brasil, o tema da live “é muito interessante, muito falado nos corredores das empresas que já começam a pensar sobre ele e introduzi-lo nos orçamentos de 2022 e para o futuro”.
Liga Ventures – A Liga Ventures colabora com mais de 50 corporações no Brasil, muitas delas líderes no mercado nacional e outras multinacionais, abrangendo diversos segmentos. “A mídia gostava muito de reforçar a ideia de que os unicórnios estavam atrapalhando a jornada das empresas tradicionais, mas nós mostramos que, ao contrário, as companhias de grande porte poderiam se valer de muitas startups que buscavam, na verdade, colaborar ao invés de competir”, destacou Guilherme.
Novo cenário de aproximação – Guilherme Massa trabalha com a Liga Ventures há seis anos e disse que a empresa está na vanguarda dentro do ambiente de inovação no Brasil no que diz respeito à aproximação de grandes empresas e startups. Ressaltou que apesar da sua importância, “esse é um movimento recente não só no Brasil, mas no mundo todo. Somos pioneiros no Brasil para esse modelo de aproximação.”
Oversimplified Cause Fallacy – Por mais que esse assunto esteja na pauta de praticamente qualquer executivo no Brasil e no mundo, muitas vezes se tem uma visão simplificada, de que se trataria apenas de encontrar uma startup para colaborar. Todavia, “esse movimento é muito competitivo, não fazendo sentido buscar simples soluções pontuais ou aleatórias. Por isso, o conceito de ¨stack de inovação¨ se torna relevante e fundamental na jornada de inovação de qualquer empresa que queira se manter relevante nos próximos anos”, alertou.
Imprescindibilidade e insegurança – Segundo o speaker, existe ainda nas empresas muita insegurança sobre onde e como iniciar a inovação aberta, sobre os resultados obtidos e sobre os próximos passos a serem dados. Ao escolher como realizar a inovação, as empresas podem facilmente incorrer em erros relacionados a desalinhamento de expectativas entre top management e times de inovação, a modelos inadequados ou ainda a falhas de execução.
Apesar desses riscos, a discussão sobre ter ou não inovação aberta já não está mais em pauta, pois esta tornou-se imprescindível. O dilema atual está vinculado, bem sim, à escala e ao ritmo dessa inovação. “É um absurdo achar que o time interno vai dar conta de inovar mais que toda a rede de empreendedores disponível”, notou Massa.
Stack de inovação -Para mitigar esses riscos, as empresas podem utilizar o stack de inovação. O Stack é um conjunto de modelos, processos e ferramentas necessários para percorrer a jornada de inovação aberta de uma empresa. Como afirma Guilherme, “trata-se de uma analogia ao mundo de tecnologia/software. Com o stack você tem uma série de ferramentas, aplicações ou sistemas que se complementam para propósitos diferentes.”
Objetivos do stack – O stack de inovação permite às empresas que suas ações sejam geridas de forma integrada; ajuda a planejar equipes, recursos e investimentos necessários; além de melhorar a comunicação sobre como a estratégia de inovação aberta será construída e executada. “É muito comum ouvir das empresas que elas têm alguma coisa sendo feita em relação a inovação, mas, quando questionadas, mal sabem explicar em que consistem essas ações. O stack permite que as ações sejam geridas de forma integrada, gerando coesão organizacional no lugar de dispendiosa competição interna entre setores”, afirmou.
Construindo o seu stack de inovação aberta – Segundo Guilherme, a empresa deve considerar três perspectivas para construir o seu stack de inovação aberta. O primeiro deles se refere às expectativas, ou seja, os resultados que se espera alcançar. Uma segunda perspectiva a ser considerada se refere às possíveis barreiras corporativas, podendo ser de ordem estratégica, procedural, cultural ou estrutural. Por fim, o speaker destaca o momento da jornada de inovação aberta que deve ser um percurso e não uma ação ou conjunto de ações isoladas.
O vídeo completo da live, com todos os pontos abordados, ficará disponível para acesso exclusivo dos associados do IBEF-SP.