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Em primeiro evento do ano, IBEF Conecta recebe lideranças femininas para discutir Diversidade e Inclusão nas empresas

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O IBEF Conecta realizou seu primeiro grande encontro do ano de 2025, em um evento que contou com o apoio da EY Brasil e que recebeu associados e renomadas executivas para um debate super atual sobre como as companhias podem aliar Diversidade e Inclusão com pilares estratégicos.

As boas-vindas para o bate-papo vieram de Magali Leite e Stânia Moraes, respectivamente presidente da Diretoria Executiva do IBEF e VP do Conecta. Ambas agradeceram a presença dos associados e das speakers e ressaltaram a importância de se discutir, cada vez mais, o tema D&I nas grandes corporações. “Não podemos deixar que exista qualquer tipo de dúvida sobre essa temática nas empresas”, enfatizou Magali.

Quem também participou do evento foi o CEO da EY Brasil, Luiz Sérgio Vieira, que fez coro às palavras de Magali, além de pontuar o quão estratégico é, do ponto de vista dos negócios, investir em D&I nas organizações. “Diversidade gera inovação e a EY tem estudos provando que as empresas se adaptam melhor quando investem em D&I. A EY está engajada nesse propósito e quer ajudar a formar lideranças melhores”, afirmou Vieira.

Para aprofundar o assunto, foram chamadas mulheres do ambiente corporativo e que enriqueceram o debate: Ana Fontes, CEO e fundadora do Instituto Rede Mulher Empreendedora (RME); Glaucia Rosalen, CFO e líder de D&I da Microsoft; Mercedes Stinco, líder de Auditoria Interna, Controles e Riscos da Natura &Co; e Lucianna Raffaini Costa, cofundadora da W-CFO Brasil.

Convidado a mediar a conversa, o líder de RH da EY na América Latina, Carlos Alberto Antonaglia, exaltou a participação das executivas e jogou luz sobre a relevância de insistir na temática D&I dentro das companhias. “A valorização dessa agenda está conectada com os desafios dos direitos humanos e, principalmente, à adaptação da corrida por talentos”, analisou Antonaglia.

Para Ana Fontes, que também preside o Women 20 (grupo de engajamento do G20) e integra o Conselho do Pacto Global da ONU Brasil, as discussões para avançar na agenda D&I ainda demandam muita paciência. “O W20, por exemplo, funciona no modelo de consenso. Ou seja, se apenas um país não concorda com as decisões discutidas, é preciso que se insista no diálogo até que haja unanimidade”, exemplificou.  

Apesar de ponderar sobre o longo caminho a ser percorrido, Ana enxerga sinais positivos sobre uma virada de chave nos últimos anos. “Era muito comum uma empresa destinar mais verba para uma campanha de divulgação sobre o assunto, do que propriamente investir em um programa interno de fomento à diversidade”, lembrou. “Isso mudou, a quantidade de exemplos negativos nesse sentido é muito menor do que no passado recente”, completou.

Glaucia Rosalen destacou a contribuição da Microsoft em D&I, acrescentando como a empresa expandiu o seu olhar para os produtos e “desligou algumas chaves” que são próprias do ecossistema de finanças. “Além de pensar na diversidade nos nossos produtos, foi preciso mudar o pensamento de que D&I não é custo, e sim investimento. Nosso papel é ser uma organização plural e ter capacidade de influenciar, portanto precisamos saber usar isso a favor das pessoas”, afirmou Glaucia.

A Natura, famosa por sua colaboração aos propósitos dos pilares ESG, continua firme em sua jornada sustentável, sem perder de vista que a missão ganhou novos contornos. “Em 2019 assumimos um novo compromisso e, nele, um dos pilares passa por defender ainda mais os direitos humanos e sermos mais humanos. Temos metas específicas para isso, como, por exemplo, ter aumentado o número de lideranças femininas e programas de contratação de minorias”, explicou Mercedes Stinco.

Provocada a falar sobre sua experiência como mentora de mulheres ao redor do mundo, Lucianna Costa alertou que países europeus, como Inglaterra e Itália, apresentam os mesmos atrasos e a mesma intenção de evoluir que o Brasil. Ela avalia que a estruturação de um modelo D&I passa pela vontade de agir. “Em primeiro lugar, qualquer executivo tem que liderar pelo exemplo, então toda área de uma empresa deveria ter sua própria meta de inclusão. A implementação de diversidade nas empresas promove a qualidade das discussões acelerando a transformação e a inovação”, concluiu Lucianna.

Ao final, os associados presentes puderam participar com perguntas e uma delas foi direcionada para a CEO da RME, que rechaçou qualquer risco de o tema D&I regredir no cenário global. “A diversidade é uma pauta humana, e não deve ser encarada como discussão política. O nosso papel é continuar trabalhando de forma estratégica, associando o tema às questões econômicas”, finalizou Ana.

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