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IBEF: Banco Central perdeu a batalha contra a inflação, diz presidente

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Veja as últimas notícias com o IBEF SP publicadas na Imprensa.

 

IBEF: Banco Central perdeu a batalha contra a inflação, diz presidente

[Agência CMA – Leia]

São Paulo, 27 de novembro de 2015 – Ao desancorar as expectativas de que manteria um ritmo mais firme de combate à pressão inflacionária por meio de uma política de juros altos, o Banco Central (BC) perdeu a batalha contra a inflação, afirmou José Claudio Securato, presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF), em evento da entidade.

“Mesmo com desemprego, a expectativa é de uma inflação resistente. O BC perdeu a batalha contra a inflação porque não quis atingir o centro da meta no primeiro mandato [de Dilma Rousseff], não fez ajustes na meta e não se posiciona a respeito. O principal papel da autoridade monetária é ser um guardião da inflação e está nítido que ele não é”, disse.

Ainda de acordo com ele, janeiro de 2016 deverá apresentar “o pior janeiro em números de emprego da história”, com queda de postos de trabalho formais e informais. O Produto Interno Bruto (PIB) deverá fechar o ano com queda de 2,5%, com pico de desemprego se aproximando de 11% e inflação em 7% em 2016, também acima da meta.

“O correto pelo Copom [Comitê de Política Monetária], dado esse nível de inflação, era subir a taxa de juros, no mínimo sinalizando que vai combater a inflação com força. Os recados ainda estão obscuros, pouco precisos. A Selic [taxa básica de juros] deveria subir como recado ao mercado de que o BC será ativo”, analisa.

Em 2017, Securato aposta que a atividade econômica pode apresentar paulatina recuperação. A solução para uma estabilidade e crescimento do País no longo prazo, porém, deve passar por um acordo político e partidário que reestruture a economia, na leitura dele.

“Precisa ter um acordo político que viabilize um acordo econômico, mas os políticos que selariam acordos estão envolvidos em escândalos e estão preocupados em se defender para sair desses escândalos. Isso retira toda a capacidade de chegar a um consenso”, afirma.

Ele também classificou como “sensacional” a ideia de trazer o ex-presidente do BC, Henrique Meirelles, ao cargo de Ministro da Fazenda, embora não acredite que o atual representante da pasta, Joaquim Levy, seja ruim.

“Levy tem absoluta capacidade, mas trazer Meirelles seria sensacional por toda a reorganização que ele faria nas bases econômicas”, opina.

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BANCOS: Setor é sólido para se blindar de Esteves, diz presidente do IBEF

[Agência CMA – Leia]

São Paulo, 27 de novembro de 2015 – Embora a prisão pela Polícia Federal do presidente do BTG Pactual, André Esteves, adicione risco e aversão às operações, o setor bancário é sólido e regulado o suficiente para se blindar dos efeitos do caso, afirmou José Claudio Securato, presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF).

“O impacto no mercado bancário é de queda das ações, movimento que representa cautela natural do investidor, avesso ao risco e às incertezas. Entretanto, o setor bancário é muito sólido e consistente e a própria companhia [BTG] é sólida e tem condições de enfrentar esse problema”, disse ele, em evento da entidade.

Securato não acredita que o caso deva gerar uma crise de credibilidade nos bancos ou um colapso maior como aconteceu no setor de construção, atingido em cheio pelas investigações da Operação Lava Jato. Para ele, as construtoras, diferentemente dos bancos, são “historicamente menos profissionalizadas”.

“As construtoras passaram por um processo cultural de corrupção, algo internalizado. É inaceitável, mas acontecia. Os bancos, por outro lado, pela atuação forte do BC [Banco Central] e pela responsabilidade objetiva que o executivo de uma empresa dessa tem que assumir, têm uma diferença brutal”, afirmou.

Ainda segundo ele, é preciso aguardar os desdobramentos das investigações para que fique provada qual é a real participação de Esteves na obstrução do andamento da Lava Jato, conforme foi acusado, antes de implicar o banco BTG nesses atos. “Uma organização desse tamanho, por mais que seja personificada no Esteves, tem capacidade de gestão”, disse.

Ainda assim, o executivo aposta que existe sempre a possibilidade de contágio dos negócios, em especial em relação a clientes do banco de investimento que tenham cláusulas diretas de não envolvimento com instituições cujos executivos sejam investigados criminalmente.

“Talvez isso gere dificuldade de novos negócios. Será difícil começar um novo ou capitalizar clientes, os parceiros irão avaliar a imagem do banco e qual a extensão do caso Esteves sobre a própria instituição. Teremos que aguardar. É complicado assumir a posição de que haverá perdas logo de cara. A saída tem que ser muito bem desenhada”, declarou.

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