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Master Class: Primeiro evento-aula com associados debate uso da comunicação assertiva e relação entre CFO e membros do Conselho

O IBEF-SP realizou uma live inédita no formato “Master Class”, um evento-aula inovativo para discutir o tema “Relações do CFO e Conselho e o Uso da Comunicação Assertiva”, no dia 25 de agosto.  

A Master Class teve como convidada Izabela Mioto, Docente na FAAP e na Fundação Dom Cabral, e como participantes especiais Christiane Aché, Conselheira do IBEF-SP, e Paulo Mendes, Vice-Presidente do IBEF-SP e CFO da SAP Brasil. Todos os associados foram convidados à discussão, inclusive em grupos menores por meio de salas virtuais. 

Assertividade e a relação entre CFO e Conselho – Durante a aula, Izabela afirmou que a assertividade é uma qualidade relacionada a pessoas que conseguem levar para os relacionamentos as suas verdades, conseguem ser autênticas, sem perder o respeito pelo outro. Assim, a assertividade está ligada a relações pautadas pela transparência e pelo respeito. “Eu entendo que a relação CFO-Conselho pode ser um grande elo para começarmos a olhar para os grandes propósitos que os nossos ecossistemas necessitam.” 

Egossistemas” e tipologia de líderes – Izabela provocou a reflexão sobre se as lideranças de alto nível estariam mais comumente operando de acordo com necessidades individuais de seus “egossistemas” ou com os grandes propósitos necessários aos ecossistemas em que estão inseridos.  

Mario Mafra, Vice-Presidente de Finanças do IBEF-SP, disse acreditar que, se de um lado, existem os líderes personalistas, que valorizam mais a sua própria imagem do que o seu propósito, em contrapartida é possível identificar líderes visionários que enxergam o futuro como verdadeira pousada definitiva.  

Segundo Mafra, a personificação, o culto ao ego, nunca produz resultado positivo. “Pode-se conseguir algumas vitórias de curto prazo, mas a jornada longa acaba sendo muito dura, com muitos percalços não só para a pessoa que embarca nesse tipo de comportamento, mas, principalmente, para o entorno dela e para a comunidade na qual ela está inserida. Temos os dois tipos de líderes, mas espero que o líder visionário prevaleça, que é o que a história tem mostrado”, finalizou Mafra. 

Teoria U – Em seguida, Izabela citou uma das passagens do que diz a “Teoria U”, cunhada pelo economista do MIT, Otto Scharmer: “Ego ou eco sistema? A transição da consciência egossistêmica para a consciência ecossistêmica se dá quando o incentivo à colaboração em torno de um objetivo comum faz os atores envolvidos superarem o olhar restrito às suas necessidades particulares em direção à conscientização das necessidades de todas as partes do sistema e do próprio sistema como algo além da soma das partes.”  

Assim, a professora ressaltou a importância de executivos e conselheiros buscarem obter uma consciência ampliada sobre as situações em que estão envolvidos. Para isso, é necessário se despir de ideias pré-concebidas, estar atento aos “pontos cegos” de sua própria visão de mundo e abrir-se para outras perspectivas. “Essa observação ampliada possibilitará a tomada de decisões mais sustentáveis”, pontuou. 

Pandemia catalisadora da transição – Christiane Aché disse acreditar que quando se fala de melhorar o diálogo, o primeiro passo é reconhecer as suas próprias fraquezas e a diminuição da prepotência. Segundo a speaker, a solução para que efetivamente as empresas sejam sustentáveis foi catalisada pela pandemia. Fez-se necessária a migração do ego para o ecossistema pois se percebeu que não é mais possível viver sozinho.  

“A necessidade de colaboração e de participação se tornou cada dia mais presente. A tecnologia ajudou com plataformas abertas e até mesmo os produtos estão evoluindo de uma forma colaborativa. Isso é absolutamente sensacional e quem poderia ter imaginado isso?”, ressaltou a Conselheira. 

Desafios da comunicação assertiva – Paulo Mendes destacou que na tradicional relação entre o CFO e os membros do Conselho de Administração espera-se que o executivo de finanças traga as respostas que, às vezes, muitos não tem a coragem de responder; e espera-se dos conselheiros que estes façam as provocações adequadas.  

Todavia, o CFO deveria evoluir dessa postura reativa, buscando ser proativo, questionador – valendo-se do “poder das perguntas” – e utilizando uma comunicação assertiva que busque transparência, respeito e verdade. Afinal, “O CFO é alguém que que sobrevive de credibilidade. Basicamente esse é o nosso ativo. Então a comunicação assertiva tem que fazer parte do nosso dia a dia”, concluiu Mendes. 

Sair do trilho e percorrer trilhas – Chris Aché alertou para o risco do conselheiro que chega à reunião com o voto pronto; ou seja, aquele indivíduo que vem predisposto a não escutar. Isso pode comprometer a qualidade da discussão, a tomada de decisão e, consequentemente, a performance da empresa.  

“O canal de comunicação deve ser pleno. Devemos sair do trilho e percorrer trilhas, e essas últimas só são percorridas conjuntamente. O caminho da decisão coletiva é muito importante. Para isso, faz-se necessário a presença da confiança e credibilidade”, finalizou Aché. 

O vídeo da live, com todos os assuntos abordados, ficará disponível para acesso exclusivo dos associados do IBEF-SP. 

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