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Prêmio Golden Tombstone: Operações finalistas são apresentadas

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Prêmio visa reconhecer todos os atores envolvidos na estruturação da operação financeira

Em breve será conhecida a “Melhor Operação Financeira do Ano”, merecedora do primeiro Prêmio Golden Tombstone. As nove operações finalistas – três por categoria da premiação (Debit, Equity e M&A) – foram apresentadas nesta terça-feira (22), em evento na sede do Instituto.

José Cláudio Securato, presidente do IBEF SP

Nesta primeira edição do Prêmio Golden Tombstone, ao todo foram 48 operações inscritas espontaneamente pelo mercado, somando valor total de R$ 140 bilhões. Dentre estas a Comissão Julgadora selecionou as nove finalistas.

“Há uma satisfação especial em iniciar o prêmio neste ano e vê-lo decolar, com tantas inscrições, apesar do momento de grande turbulência da economia”, destacou José Cláudio Securato, presidente do IBEF SP, na abertura do evento.

Prestígio à comunidade de finanças – Carlos Alberto Bifulco, idealizador do Prêmio Golden Tombstone, ressaltou que a iniciativa visa reconhecer todos os atores envolvidos na estruturação da operação financeira: empresas multinacionais e nacionais, instituições financeiras, empresas de auditoria, escritórios de advocacia, assessores e consultores.

Troféu Golden Tombstone, obra de Osni Branco

Carlos Alberto Bifulco, idealizador do Prêmio

 

 

 

 

 

As apresentações visam dar mais transparência às operações finalistas nas três categorias. A partir desta etapa, a Comissão Julgadora decidirá a operação vencedora. Dentre todos os critérios avaliados nas operações, terão maior peso: Inovação, Criação de Valor e Complexidade da transação em relação à sua estrutura.

Rubens Batista Jr., secretário geral do IBEF SP

A cerimônia de entrega do Prêmio acontecerá no dia 7 de dezembro. “Cumprimos assim o papel do IBEF SP de contribuir para a sociedade, trazendo inovações e expondo o que há de melhor no mundo financeiro”, completou Carlos Bifulco.

Rubens Batista Jr., secretário geral do IBEF SP, foi responsável por apresentar as regras sobre as apresentações.  Ele destacou que todos os finalistas serão agraciados com um Tombstone em agradecimento à participação.

 

Finalistas do prêmio:

Categoria Debt – Operações de emissão de títulos de dívida

A emissão de CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) da Fibria Celulose, concluída em junho deste ano, somou 1,35 bilhões de reais, maior volume já emitido no mercado brasileiro. Marcelo Habibe, tesoureiro da Fibria, destacou que a inovação da operação finalista do Prêmio Golden Tombstone se dá na combinação de todos os aspectos da emissão: ousadia no tamanho da emissão, tranches diferentes e recorde no número de casas participantes da distribuição.

Marcelo Habibe (Fibria)

Diego Barreto (Suzano)

 

 

 

 

 

 

A operação de emissão de títulos verdes da Suzano no mercado internacional, totalizando 500 milhões de dólares, também é finalista. “Foi a primeira emissão de green bonds em dólares do mercado latino americano”, ressaltou o diretor financeiro Diego Barreto. A criação de valor da operação, alinhada aos valores da empresa, mirou o longo prazo resultando na diversificação da base de investidores, e o fortalecimento da imagem e práticas da empresa.

Raphaela Sayuri (Elektro)

Raphaela Sayuri, gerente financeira da Elektro, apresentou a operação que possibilitou à empresa obter valor total de 150 milhões de euros em contrato assinado junto ao Banco Europeu de Investimento (BEI), em abril. A inovação da operação está em toda a estrutura desenhada, ressaltou, incluindo a obtenção de garantidor internacional para o contrato em um prazo de 11 anos, à época do rebaixamento do rating do Brasil, sem necessidade de garantias adicionais.

 

Categoria Equity – Operações de ações

A oferta pública inicial de ações ordinárias da Alliar, que passaram a ser listadas no segmento de Novo Mercado da BMF&Bovespa, em outubro, rompeu o jejum de mais de 1 ano de lançamento de ações na Bolsa, em um cenário extremamente difícil para a economia brasileira. Carlos Araújo, diretor de RI da Alliar, destacou a complexidade da estruturação da operação de IPO que resultou numa oferta de 676 milhões de reais.

Carlos Araújo (Alliar)

Rogério Santos (Rumo Logística)

 

 

 

 

 

 

Rogério Santos, diretor de Tesouraria da Rumo Logística Operadora Multimodal, apresentou a operação de emissão de ações da empresa, com o objetivo de reorganizar a estrutura de capital e reperfilar a dívida, obtendo uma capitalização de R$ 2,6 bilhões junto ao mercado de capitais. A complexa operação envolveu forte acordo de acionistas, controladores e não controladores, e consolidou a formação da maior operadora ferroviária no Brasil.

Cláudia Mesquita (Morgan Stanley)

A operação da CVC, de 1,2 bilhões, considerada a maior oferta de follow-on 100% secundária no Brasil desde 2010, foi apresentada por Cláudia Mesquita, da Morgan Stanley, instituição responsável pela inscrição. Cláudia destacou a inovação da operação realizada em agosto, sob a instrução 476, sem estabilizador,  em necessidade da saída do antigo acionista controlador e private equity Carlyle, que resultou no nascimento de uma true corporation no País.

 

Categoria M&A – Operações de fusões e aquisições

Frederico Brito e Abreu, CFO da Kroton Educacional, apresentou a operação de combinação de negócios entre Kroton e Estácio, que gerou o maior grupo educacional do mundo. Abreu ressaltou a inovação e complexidade da estruturação da operação, no valor de 6 bilhões de reais, que possibilitou à Kroton incorporar as ações da Estácio em processo friendly, mitigando escaladas de preços e proporcionando liquidez aos acionistas, sem desembolso da empresa.

Frederico Brito e Abreu (Kroton)

Antonio Coutinho (Morgan Stanley)

 

 

 

 

 

 

A combinação de operações entre a BM&F Bovespa e a Cetip, cujo acordo foi concluído em abril, é também finalista. Antonio Coutinho, do Morgan Stanley, uma das instituições responsáveis pela inscrição, destacou as inovações na estrutura da operação a aplicação pela primeira vez no Brasil do mecanismo de collar, de forma a assegurar proteção aos acionistas das duas companhias, e o sistema de voto à distância.

A aquisição pelo Bradesco de 100% do capital social do Banco HSBC, sétimo maior banco brasileiro, também concorre ao Prêmio. Julio Sato, diretor da KPMG, instituição responsável pela inscrição, destacou que a operação permitiu ao Bradesco conquistar maior base de clientes, aumentar sua capitalização e expandir sua rede de agências e produtos.

(Reportagem: Débora Soares / Fotos: Mario Palhares)

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