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Os brasileiros têm viajado cada vez mais para o exterior. Segundo o Banco Central, só em junho deste ano, turistas do Brasil gastaram US$ 1,9 bilhão (aproximadamente R$ 4,3 bilhões) em suas viagens para outros países – número recorde. A expectativa é que o movimento continue em alta, e por isso cabem algumas orientações. Uma delas é em relação ao câmbio de moeda estrangeira.
O vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (Ibef-SP), Luiz Roberto Calado, destaca que operações de troca de dinheiro devem ser feitas sempre em casas de câmbio credenciadas. Ele lembra que, antes de viajar, é possível trocar o dinheiro até mesmo em algumas agências dos principais bancos do Brasil – basta consultar as centrais de atendimento para saber quais postos de atendimento oferecem o serviço.
“Não devemos aumentar a chance de ter problemas ao fazer a operação com doleiros, por exemplo. Mesmo se o valor da transação for mais barato, pode não compensar”, alerta. Calado afirma que problemas são comuns em vários países pelo mundo, e prudência nunca é demais.
Diversificando opções
Para ter mais segurança, além do dinheiro vivo o turista pode ir ao exterior com outras formas de pagamento. Cartões de crédito internacionais, por exemplo, são boas opções – só é necessário habilitar para uso no exterior antes de deixar o Brasil. Também há os cartões pré-pagos (o viajante compra um cartão com um valor em créditos e pode utilizá-lo no exterior para pagar produtos e serviços). Já os chamados traveller checks (cheques que são comprados no Brasil e trocados por dinheiro em agências bancárias do exterior), que têm função semelhante, estão caindo em desuso.
“A recomendação é ter várias opções. Levar mais de um cartão de crédito habilitado para uso no exterior, mais o cartão pré-pago e uma quantia em dinheiro vivo. Isso dá mais tranquilidade e ajuda a evitar problemas em caso de perdas ou furtos”, recomenda Luiz Calado.
Cuidados nos destinos
O administrador de empresas Felipe Augusto conta que passou por problemas nas duas últimas férias – quando conheceu Portugal e Argentina, respectivamente. No país europeu, teve dificuldades depois que o cartão de crédito que usava foi bloqueado preventivamente. “Não avisei que viajaria para o exterior, e após os primeiros gastos a operadora bloqueou o cartão. Até conseguir contato, fiquei de mãos atadas”, recorda.
Em Buenos Aires, foi vítima de um golpe aplicado por um taxista. Ele pagou uma corrida com uma nota de cem pesos (moeda oficial do país). O motorista pegou o dinheiro, guardou a cédula em meio às dele e devolveu outra, falsa, dizendo que não tinha troco.
Felipe conta, ainda, que teve problemas também com casas de câmbio não credenciadas. Na Calle Florida, a principal rua de comércio de Buenos Aires, há muitas ofertas de troca de dinheiro. “Uma delas, pequena, me passou notas falsas. Por sorte, naquele momento, tinha feito o câmbio de pouco dinheiro e o prejuízo foi menor”, conta.
Para Luiz Calado, é possível evitar a maior parte dos problemas, em todas as partes do mundo. E a principal orientação ao turista é manter o foco nas atividades que estão sendo realizadas a cada momento, principalmente quando envolvem dinheiro. “Evitar conversar com outras pessoas, manter o olho vivo e não se expor demais. Essas são as dicas”, conclui.
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