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Clovis Poggetti Jr, VP de Finanças e RI da Cielo; Frederico Brito e Abreu, VP de Finanças da Kroton; e Guilherme Cavalcanti, CFO da Fibria, são os grandes finalistas do 32º Prêmio “O Equilibrista”. Os associados do IBEF SP poderão eleger quem será o CFO do Ano por meio de votação eletrônica, que se encerra em 16 de novembro, às 12 horas. Vote aqui!
As principais realizações desses executivos foram celebradas em um almoço de confraternização, realizado nesta quinta-feira (12), no restaurante Cantaloup. O evento contou com a participação de vencedores do Prêmio “O Equilibrista” em edições passadas e de membros da Diretoria Executiva e dos Conselhos do IBEF SP. Esta edição do Prêmio é patrocinada pelas empresas Bradesco Corporate, Deloitte e Omint, e tem o apoio de Netpoints e Estadão.
A escultura “O Equilbrista”, ao centro, foi criada pelo artista Osni Branco. Fotos: Mario Palhares/IBEF SP.
PERFIL DOS FINALISTAS
Clovis Poggetti Jr, vice-presidente de Finanças e RI da Cielo, possui uma carreira marcada por méritos. Foi eleito pelo quinto ano consecutivo um dos melhores CFOs da América Latina pela Institutional Investor Magazine. Também foi apontado o melhor CFO da América Latina na categoria “financial/nonbanks” em 2012, 2013, 2014 e 2015. Contudo, a indicação ao prêmio “O Equilibrista” representa uma emoção especial.
“É uma sensação de realização, ao mesmo tempo que uma enorme responsabilidade. Sinto-me honrado por ser considerado entre um grupo de pessoas absolutamente notáveis”, destacou.
Com relação às principais realizações, Poggetti destaca a estruturação financeira da Cateno, joint venture de R$ 11,6 bilhões na área de gestão de cartões com o Banco do Brasil. A Cielo aportou R$ 8,1 bilhões na operação. O financiamento foi realizado por meio da emissão de debêntures – a segunda maior da história do mercado de renda fixa local. E, apesar do momento difícil do mercado, a companhia conseguiu reduzir expressivamente a taxa-teto, alcançando uma referência abaixo das Letras Financeiras de bancos de primeira linha.
“Destaco isso não só pela relevância da transação, mas por todo o contexto que permeoou a negociação. 2015 foi um ano extremamente complicado para se fazer captação e a gente veio com uma operação jumbo, que envolveu política de partes relacionadas, direito público, societário, tributário… Eu tenho muito orgulho porque uma boa parte da solução veio do mundo financeiro, pela forma como nós desenhamos e implementamos essa transação”.
Guilherme Cavalcanti, CFO da Fibria, também acumula reconhecimentos. Pelo mercado, foi considerado melhor CFO do setor de papel e celulose por três anos seguidos (2012, 2013 e 2014), segundo a Institutional Investor Magazine. Por seus pares, foi indicado pela segunda vez como finalista ao prêmio “O Equilibrista”.
“É uma grande satisfação receber esse reconhecimento. É um trabalho que envolve sacrifícios, muito tempo e decisões corretas. Saber que as pessoas estão percebendo esse trabalho e o reconhecem é muito bom”, afirmou Cavalcanti.
Entre as realizações, o CFO destaca a trajetória marcante da Fibria. A companhia, que há três anos encontrava-se em uma situação waiver junto a bancos, acima de seus limites de endividamento, transformou-se da água ao vinho em um curto espaço de tempo. Hoje a Fibria é uma empresa full investment grade. Seu spread corporativo de crédito, com relação à taxa de juros paga no mercado internacional (spread over treasure), tem a menor taxa entre todas as empresas brasileiras.
“Este ano consolidamos essa trajetória e mostramos, nos resultados do último trimestre, a geração de um ebitda de R$ 1,5 bilhão e um fluxo de caixa livre de R$ 1,1 bilhão. Ou seja, foi uma virada bastante marcante, coroada neste ano com resultados muito fortes da empresa”, completou o executivo.
Frederico Brito e Abreu, vice-presidente de Finanças da Kroton Educacional, devido a compromisso já agendado para a divulgação de resultados da companhia, não pôde participar do almoço. A Kroton foi premiada em 2015 pela Institutional Investor como a “most honored company”, por conta das oito premiações recebidas, incluindo a de Melhor CFO buy side e sell side. Por três anos consecutivos (2013, 2014 e 2015), Abreu foi eleito o melhor CFO da América Latina no setor de educação, também pela Institutional Investor.
Saber da indicação ao prêmio “O Equilibrista” foi algo inesperado. “Eu sou um CFO talvez menos tradicional, pois meu background de atuação foi em consultoria estratégica internacional, depois private equity e daí migrei para a Kroton, onde sou vice-presidente de finanças. Então, sou um CFO relativamente novo, e alcançar esse reconhecimento pelos pares foi uma surpresa muito positiva. Para mim, é uma enorme vitória”, afirmou Abreu.
Não bastasse a grande transformação pela qual a Kroton passou nos últimos anos (com crescimento vertiginoso de 44 mil para 1 milhão de alunos, market cap de R$ 800 milhões para R$ 16 bilhões e ebitda saltou de R$ 50 milhões para mais de R$ 2 bilhões), 2015 foi um ano particularmente desafiador.
Além do cenário econômico mais difícil, alterações relevantes nas regras do financiamento estudantil público motivaram a companhia a reestruturar sua operação. Também houve a conclusão do processo de fusão entre a Kroton e a Anhanguera – que gerou a maior companhia de educação do mundo.
“O que diferenciou 2015 dos demais anos é porque nos deparamos com fatores exógenos: as alterações no marco regulatório e no cenário macroeconômico. Conseguimos nos adaptar a esse cenário desafiador e vamos cumprir nossos objetivos de entrega de aumento de margem e crescimento de receita. Além disso, estamos extraindo todos os benefícios da fusão com a Anhanguera”, completou o executivo.