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Certificação: As competências necessárias para o CFO no mundo V.U.C.C.A.

O café da manhã de certificação CFO (BR)® do IBEF-SP ocorreu na terça-feira, 18 de fevereiro, na sede da BRG Brasil Consultoria – empresa do Berkeley Research Group, que patrocinou o evento. Fernando Andraus, managing partner da MAIO e vice-presidente de admissão e frequência do IBEF-SP, conduziu a abertura agradecendo a organização e a parceria com o BRG. “Passamos recentemente por um processo de revisão do nosso papel na área de finanças. Somos uma instituição com uma representação muito grande na sociedade, por ser multisetorial. O IBEF-SP é onde a comunidade de finanças se encontra: o CFO, sua equipe e todo o seu conjunto de interlocutores, empresas de auditoria, advogados, headhunters, empresas de tecnologia, bancos, etc. Essa comunidade de finanças se encontra para networking, conhecimento, reconhecimento e advocacy”.

Em seguida, Denise Debiasi, country manager da  BRG Brasil Consultoria, apresentou a empresa, fundada por 40 pessoas formadas na Berkeley University, e que hoje possui 45 escritórios espalhados no mundo. Ela explicou diferenciais dos serviços da BRG, que possui destaque global na área de Investigações e Inteligência Estratégica. Luiz Ribeiro, diretor da área de corporate finance da empresa, realizou apresentação do tema “O Papel do Líder Financeiro em um Ambiente V.U.C.C.A. (Volatile; Uncertain; Chaotic; Complex; Ambigous)” e questionou como fica a visão da gestão financeira nesse mundo de volatilidade, de incertezas, de complexidade, e de ambiguidade.

Para Ribeiro, as palavras-chave na gestão financeira são credibilidade, legitimidade, previsibilidade, no surprises, transparência e controles. “Isso não é novo para nós. Sempre encaramos volatilidade, complexidade, incerteza. Isso sempre fez parte dos nossos negócios. O que tem de novo é a velocidade das mudanças e as novas tecnologias”. Ele exemplificou levando em consideração o crescimento do volume de dados no mundo. “Temos que ter a capacidade de transformar esses dados em informação”. Ribeiro deu alguns exemplos sobre evolução tecnológica e destacou que o grande diferencial competitivo talvez esteja com as empresas que conseguem, rapidamente, acompanhar o que as novas tecnologias trazem.

Fernando Andraus expôs sobre o papel das empresas na gestão de pessoas e liderança. “Se a gente perguntar para o CEO de 20 anos atrás com o que ele se preocupava, ele responderia que era com clientes, investidores e concorrentes. Na era da hipertransparência que vivemos hoje, é possível se preocupar apenas com esses interlocutores? Os anseios mudaram e a velocidade em que as crises estão chegando é maior. A forma como reagimos a elas é muito importante”. Ele explicou que as competências do líder financeiro atual são comunicação, pensamento crítico, resiliência, influência, flexibilidade, gestão de crises, coragem e multidisciplinariedade. Andraus destacou ainda que o ambiente corporativo está cada vez mais com sua saúde impactada, e é preciso criar um ambiente saudável. “Precisamos viver o propósito em um ambiente que proporciona e replica aprendizado”.

Eduardo de Toledo, responsável pela gestão corporativa do Grupo CCR, participou do debate e destacou como as empresas podem lidar com um cenário de incertezas. “As técnicas anteriores que olhavam diversos cenários não conseguem lidar com esses fatos novos. A resposta para isso é ter um time coeso dentro da empesa. Isso vai permitir entender a realidade que estamos vivendo, criando-se uma relação de confiança que permita que diversas vivências possam convergir e serem trazidas para a mesa para serem e lidadas de forma madura por um grupo de líderes e executivos”, disse.

Ele falou ainda que vivemos em um mundo mais horizontal, e portanto não há mais a possibilidade para busca da inovação se ela estiver centrada totalmente na empresa. “Depende da capacidade que a empresa tem de estabelecer sua relação com o mundo de negócios. O que mantém a empresa coesa é essa ligação que se dá entre suas principais lideranças, com um propósito bem estabelecido”. Toledo ressaltou que, em cenários de crises, a empresa deve se posicionar de maneira consistente, pensando na eficiência de sua atuação perante o público.

Por fim, Luiz Ribeiro falou sobre cenários de incertezas no mundo, e deixou um questionamento sobre como serão as decisões das empresas diante desses cenários. Em seguida, ocorreu uma troca de experiências entre os palestrantes e convidados. Entre os pontos chave da discussão estiveram comunicação e transparência para falar sobre crises.

Além do orçamento ­– Ribeiro disse ainda que é preciso do envolvimento das equipes na tomada de decisão e o exercício do planejamento estratégico comece em uma modalidade bottom up, compartilhando com a equipe essa responsabilidade, gerando comprometimento. Os participantes do evento discutiram o papel da liderança nas empresas e como as pessoas podem ajudar os líderes a influenciar na decisão. Eles abordaram ainda sobre não perder o alinhamento com equipe, diretoria e conselhos.

Sobre projeções dentro das empresas, os participantes destacaram que os horizontes encurtaram e o executivo financeiro deve ter instrumentos financeiros que possibilitem a discussão do cenário com uma frequência maior. “Para isso, a função das finanças deve estar instrumentalizada”, concluiu Luiz Ribeiro.

Certificados – Ao final do evento, foram entregues certificados para alguns participantes do evento. Foram eles: Afonso Dias, Cristiano Furtado, Danilo Moura, Marcio Iha, Nicolas Gounin, Paulo Vaz e Claude Aripe. No total, o IBEF-SP já certificou 122 CFOs.

 

 

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