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Comissões de Controladoria e Tributos trocam sinergias

Reunião dos membros da Comissão de Controladoria e Contabilidade com a participação da Comissão de Tributos. Foto: IBEF-SP

A reunião da Comissão Técnica de Controladoria, realizada ontem, contou, pela primeira vez, com a participação de outra comissão convidada: a Comissão de Tributos. No encontro das CTs do IBEF-SP foi discutido um tema de interesse comum: questões tributárias em tempos de crise.

A ideia é reunir os membros das duas Comissões em alguns momentos, destaca Tamara Dzule, líder da CT de Controladoria e Contabilidade. “Acreditamos que esse trabalho conjunto é benéfico para todos os participantes e gera um debate muito rico”. Tamara acrescenta que o objetivo das reuniões é discutir temas estratégicos, alinhados aos interesses dos CFOs.

A sinergia entre as duas Comissões é enorme, observa Graziela Bernardi, representante da Comissão de Tributos. “Alguns assuntos de interesse mútuo ganham mais força e repercussão se conseguirmos trazer para o debate o viés de cada Comissão’”, ressalta a corporate controllership manager da Nidera.

Recém-chegado à Comissão de Controladoria, Luiz Fernando Horta, da L&A, aprovou a ideia. “As áreas se complementam, os temas se falam e ambos os grupos podem se ajudar”.

Tributação em tempos de crise – Fernanda Malta, gerente tributária da SBA, foi responsável por conduzir o tema da reunião, apresentando as questões tributárias com uma abordagem voltada para a Controladoria.

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Os governos nas três esferas de poder estão muito preocupados em aumentar a arrecadação, destacou Fernanda, que é membro da Comissão de Controladoria. Ela observou que esse comportamento é comum em tempos de crise. No entanto, nem mesmo nos anos de 2008 e 2009 a fiscalização foi tão pesada e extensiva como é hoje.

O Fisco está fazendo o acompanhamento real das demonstrações financeiras e de prejuízos fiscais, além de estar em cima de questões menores, do dia a dia das empresas, ressaltou a gerente tributária. “A ideia é voltar para a base mesmo. O governo não está atrás apenas dos grandes valores, mas também de quantias pequenas. Está nesse nível”.

A preocupação dos governos em arrecadar não se reflete apenas via fiscalização ostensiva e aumento de impostos, mas também na redução de incentivos fiscais concedidos por estados e municípios, alertou a advogada.

As mudanças advindas do controle internacional sobre a tributação via BEPS (Base Erosion and Profit Shifting), plano elaborado pela OCDE e que terá reflexos no Brasil, também merecem atenção.

“As equipes de gestão fiscal das empresas devem estar atentas a todos esses fatores, e considerá-los cuidadosamente em seus planejamentos”, concluiu Fernanda Malta.

(Reportagem:  Débora Soares)

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