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Alexandre Benedetti, da Talenses, compartilha sua experiência como executive search em Lab do IBEF Jovem

Alexandre Benedetti, da Talenses, compartilha sua experiência como executive search em Lab do IBEF Jovem

Alexandre Benedetti, diretor da Talenses, consultoria de recrutamento e seleção, foi o mediador do Lab Carreira & Mercado de Trabalho do IBEF Jovem realizado no dia 28 de janeiro, na sede do IBEF-SP. Na ocasião, ele compartilhou sua visão e experiência de 13 anos como headhunter na prática de finanças, tirando dúvidas dos participantes sobre os desafios na hora da entrevista e da construção de um currículo atrativo.

Entre os temas abordados por Benedetti durante o encontro esteve a primeira impressão do candidato. Ele também comentou sobre a forma de análise curricular. “O headhunter olha em primeiro lugar a formação e depois a experiência profissional, da mais antiga para a mais recente. Isso porque analisamos os ciclos profissionais, e começamos a entender o momento em que a pessoa estava em cada fase da carreira, e o que ela vivenciou em cada empresa”.

Por conta dessa análise mais detalhada dos ciclos, Benedetti deu uma dica que parece óbvia, mas é extremamente importante. “Não minta no currículo. Se você participou de um projeto, coloque; se você liderou, coloque. Um bom headhunter vai verificar cada detalhe”, destacou.

Análise de ciclo – Alexandre Benedetti falou um pouco mais detalhadamente como funciona a análise de ciclo profissional do candidato. “Olhamos a trajetória – começo, meio e fim de cada projeto executado dentro da empresa, a evolução da carreira dentro da própria companhia ou em uma nova, analisando desafios e entendendo se existiu alguma quebra de ciclo, como demissão. Por isso, o profissional deve saber explicar por que, por exemplo, um ciclo não fechou. Pense nos ciclos e nos porquês. Por que você fez uma movimentação? Isso tudo será avaliado”. Benedetti também deu mais uma dica: “não ache só que os cases de sucesso são importantes, e sim explique os processos por trás de cada decisão, quais os desafios, qual o momento profissional, etc.”

Benedetti também destacou que autoconhecimento é muito importante, porque perguntas relacionadas, direta ou indiretamente, a este tema vão aparecer durante uma entrevista com o headhunter, com o gestor ou com o RH. “Quando constatado um desafio profissional em desenvolvimento, ele deve ser colocado na mesa, explicando como aquilo te afeta no dia a dia e o que você tem feito para superá-lo mitigando os possíveis impactos”.

Técnicas de entrevista – Na hora da entrevista, o headhunter vai tentar extrair o máximo do candidato para avaliar se ele apresenta as competências técnicas e comportamentais que a empresa procura, bem como a motivação pelo projeto oferecido. “Utilizamos algumas técnicas de entrevistas, como: modelo de perguntas abertas ou fechadas. ‘Que tipo de empresa ou ambiente você quer trabalhar? Quais são os três pilares fundamentais para você fazer uma troca de empresa?’. Nós costumamos fazer essas perguntas para entender a real motivação do profissional e, também, por isso mantemos a confidencialidade quanto ao nome da empresa”. Benedetti falou ainda sobre a arte de perguntar. “Não existe um roteiro, portanto se você quiser ir bem em uma entrevista, domine a sua trajetória profissional e saiba apresentá-la de forma clara e objetiva”.

Benedetti indicou que o candidato deve ter um currículo bem formatado, com um bloco de formação acadêmica; outro bloco de idiomas; e os cursos extras que pode estar no final do currículo, dependendo da relevância. “O resumo profissional é importante, pois conta um pouco das experiências e principais conquistas, despertando o interesse do recrutador em aprofundar no material. Quanto ao histórico profissional, comece sempre da experiencia mais atual para a mais antiga, colocando datas e promoções, mudança de área, etc. e comentando o que foi mais relevante naquela posição”. Segundo ele, muitas vezes sua equipe recebe mais de 1 mil currículos por vaga.

Além das dicas sobre a apresentação do currículo, Benedetti falou da importância do candidato comunicar o que ele espera e o que pode entregar como profissional. “Falar de remuneração, por exemplo, pode ser delicado. Mas se o candidato deixar claro que existe um valor mínimo, podemos trabalhar a expectativa de ambos os lados. Só não podemos ter surpresas. Tudo deve ser transparente. Comunique-se e pontue o que é realmente importante”, disse. “Nós somos os interessados em concluir a posição da maneira correta, com todas as partes felizes. Reputação e credibilidade são pontos fundamentais para o nosso negócio, fazendo com que tenhamos muito foco na satisfação dos clientes e candidatos”, ressaltou.

Carreiras do futuro – Outro tema abordado durante o encontro foi as carreiras do futuro. Alexandre Benedetti destacou que observa no dia a dia algumas tentativas de vagas direcionadas para onde o mundo está indo. “Para quem almeja posições como Head de finanças, CFO, ou Diretor Financeiro, há quatro atributos importantes: suporte estratégico e viabilizador de negócio com a capacidade de traduzir para a organização os interesses dos acionistas.

Outra característica importante desse profissional transparência e acuracidade na informação gerencial. “Essa pessoa tem a responsabilidade de comunicar os impactos no negócio aos stakeholders (internos e externos). Outro ponto importante ressaltado foi gestão de riscos e eficiência. “O uso de tecnologias transformadoras e soluções analíticas (Big Data / Analticys), trazendo a harmonização de papéis entre homem e máquina.”, complementou.

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