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O IBEF SP NA MÍDIA Crédito deve crescer de 10% a 15%, diz presidente do BNDES

A taxa de expansão do crédito na economia brasileira deverá ficar entre 10% e 15% neste ano, na avaliação do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. O ritmo de expansão, segundo Coutinho, segue mais rápido do que o crescimento da economia, permitindo aumento da participação do crédito no Produto Interno Bruto (PIB), e poderá voltar a subir com uma queda da inadimplência.

“O crédito chegou a se expandir a 27%, 30%, taxas muito elevadas. Agora, ele tem condição de se expandir de maneira saudável a taxas entre 10% e 15%, dependendo da modalidade”, afirmou Coutinho, depois de participar de seminário no Rio de Janeiro.

O movimento de redução dos spreads (diferença entre o custo de captação dos bancos e as taxas de juros ao consumidor final) deverá se consolidar, incluindo os bancos privados. Para Coutinho, o sistema bancário tem condições de expandir o crédito de maneira saudável e sustentável, “sem bolhas”.

A expansão pode voltar a taxas maiores à medida que a inadimplência cair, e as dívidas atuais forem “recicladas”. Uma queda da inadimplência, com a manutenção dos níveis de emprego e renda, também permitirá spreads menores. “A economia tenderá a crescer mais fortemente nos próximos meses; com isso, se facilita a redução dos níveis de inadimplência e regulariza-se a capacidade de o sistema de crédito dar passos adicionais em termos de redução do spread”, completou.

No mesmo sentido, o vice-presidente de Risco do banco Santander, Oscar Rodrigues, afirmou que espera uma expansão entre 15% e 17% da liberação de financiamentos no Brasil em 2012. “Nosso plano é crescer a concessão de crédito neste ano em linha com o mercado”, afirmou. A avaliação do executivo é harmoniosa em relação à estimativa de incremento de 15% para o indicador neste ano realizada pelo Banco Central, como enfatizou ontem o diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton Araújo.

Segundo Rodrigues, o Santander quer aumentar em 2012 sua participação na concessão de crédito em algumas modalidades, especialmente cartões, financiamentos para quem deseja comprar imóveis e liberação de empréstimos para empresas. “Sinto-me com sorte de estar no Brasil, pois é um país com muitas oportunidades e grande potencial de crescimento em várias áreas, entre as quais, projetos de infraestrutura”, afirmou, em palestra realizada pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), em São Paulo.

O executivo do Santander mostrou-se otimista com as perspectivas de redução das prestações não pagas de consumidores nos próximos meses. “Esperamos que as medidas do governo ajudem a inadimplência a cair no segundo semestre”, disse. Ele não especificou em quais linhas ou quanto espera de redução dessas taxas até o final do ano.

Empresas

A pontualidade de pagamento das micro e pequenas empresas passou de 95,0% em março para 95,3% em abril de 2012, isto é, a cada 1 mil pagamentos realizados, 953 foram quitados à vista ou com atraso máximo de sete dias, aponta Indicador Serasa Experian da Pontualidade de Pagamentos das Micro e Pequenas Empresas. Na comparação com o mesmo mês do ano passado (abril de 2011), houve avanço de 0,8 ponto percentual na pontualidade de pagamento das micros e pequenas empresas no país. Foi o quinto mês consecutivo de alta interanual deste indicador.

Segundo economistas da Serasa Experian, as sucessivas reduções da taxa básica de juros (taxa Selic), agora também influenciando as taxas finais de empréstimos, a tendência de gradual normalização da inadimplência dos consumidores e as várias medidas de estímulo às empresas adotadas pelo governo estão reduzindo o custo e melhorando a capacidade de pagamento das micro e pequenas empresas.

As micro e pequenas empresas do setor comercial apresentaram o maior nível de pontualidade de pagamentos em abril de 2012: 95,7%. As do setor industrial registraram pontualidade de 95,2%. Por último, a pontualidade de pagamentos das micro e pequenas empresas do setor de serviços atingiu o total de 94,7% em abril de 2012.

Em abril de 2012, o valor médio dos pagamentos pontuais recuou 0,6% em relação a março de 2012, atingindo R$ 1.830. Na comparação com abril de 2011, o crescimento foi de 11,4%. As empresas de serviços registraram, em abril de 2012, o maior valor médio dos pagamentos pontuais (R$ 2.096), seguidas pelas empresas comerciais (R$ 1.824) e pelas empresas industriais (R$ 1.663).

O Indicador Serasa Experian da Pontualidade de Pagamentos das Micro e Pequenas Empresas é construído através dos pagamentos efetuados, mensalmente, por amostra de cerca de 600 mil micro e pequenas empresas, totalizando aproximadamente 8 milhões de pagamentos mensalmente. A Serasa Experian considera como micro e pequenas empresas aquelas com faturamento líquido de até R$ 4 milhões.

Fonte: linearclipping.com.br

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